Agência Brasil
Em 18/11/2010 às 13:12
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (18) que a liminar concedida pela Justiça Federal para que todos os estudantes prejudicados possam refazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será um entrave ao andamento da avaliação dependendo da rapidez com que o tribunal reconsiderar a decisão. A Advocacia-Geral da União (AGU) já protocolou um recurso para derrubar a decisão.
Nessa quarta-feira (17) a juíza federal Karla Maia, do Ceará, concedeu uma liminar permitindo que todos os candidatos que tenham sido prejudicados pelos erros nas provas amarelas e nas folhas de resposta possam refazer a avaliação. O MEC pretendia reaplicar o Enem apenas para um grupo restrito de alunos que receberam cadernos de prova amarelos, que não continham todas as 90 questões por um erro de montagem.
“Estamos fazendo um bom diálogo com o Judiciário, respeitoso, prestando todas as informações. E é assim que vamos continuar conduzindo o problema, informando ao Senado, à Câmara dos Deputados, à Justiça, sem nenhum entrave. O que a sociedade precisa é de mais informações e nós vamos prestá-las”, disse Haddad.
Com a decisão da juíza Karla Maia, o direito de refazer o exame seria estendido a todos os alunos que tenham sido prejudicados pela troca dos cabeçalhos das provas na folha de respostas. As questões de 1 a 45 eram de ciências da natureza e as de 46 a 90, de ciências humanas, mas estavam identificadas de forma invertida. O erro ocorreu em todos os cartões distribuídos aos 3,3 milhões de participantes. O MEC ofereceu aos alunos que marcaram as respostas ao contrário a possibilidade de solicitar a correção invertida.
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