Carlos Hideki
Em 17/11/2010 às 09:16
Com pedidos de vereadores de Presidente Prudente e Presidente Venceslau para a construção de um hospital penitenciário, o Departamento Regional de Saúde (DRS-XI) informa que um estudo já está sendo realizado nesse sentido, visando analisar a viabilidade e o melhor local para implantar uma unidade que realize esse tipo de atendimento na região. Ainda não há prazos nem previsões.
Foto: Divulgação/SSP
O vereador prudentino Clóvis de Lima (PR) cobrou a Secretaria de Estado da Saúde através de um pedido de providências apresentado na sessão ordinária da Câmara Municipal de Presidente Prudente dessa terça-feira (16). Ele solicitou exatamente um estudo para a construção de um hospital para presos no município.
Já o vereador venceslauense João Paulo Rondó (PPS), enquanto não vem o hospital penitenciário, pediu, no mês de julho, a construção de ao menos um quarto-cela na Santa Casa do município para o atendimento da população carcerária, alegando o constrangimento dos pacientes com o aumento do efetivo policial para a realização desse tipo de atendimento.
Segundo o diretor técnico de planejamento do DRS-XI, Jorge Cerávolo Júnior, um diagnóstico está sendo feito sobre a viabilidade de construção de um hospital para atender os presos da região. “Foi feito um levantamento sobre a população carcerária e os agravos que ela traz para a rede de saúde, no sentido de ver quantos leitos e UTIs seriam necessários”, conta.
Dentro do estudo serão apontadas quais são as necessidades dos presos. “Será visto o que é necessário, quais são as doenças, se precisam de cirurgias e identificar quantos leitos são necessários baseado nas patologias mais apresentadas”, explica Cerávolo.
O diretor destaca que ainda não foi verificado se há a necessidade ou não da implantação. “Para a construção, é preciso um plano estratégico. Ainda estamos em fase de diagnóstico e nada ficou definido, pode chegar até a um resultado de que não há necessidade porque os atendimentos podem ser realizados nas unidades de saúde”, comenta.
Cerávolo fala que, atualmente, os presos são atendidos pelos hospitais da rede estadual de saúde. Conforme informações da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), vivem aproximadamente 17,8 mil presos distribuídos em 19 unidades prisionais na região de Presidente Prudente.
De acordo com o vereador Clóvis de Lima, o objetivo de seu pedido é proteger os pacientes que são atendidos nos mesmo hospitais que os presos. “Os hospitais não têm segurança. O atendimento separado dá um conforto para a população que tem medo de que aconteça algo em uma tentativa de resgate”, afirma o vereador.
Uma das sugestões dele é que seja construída uma ala separada para esse tipo de atendimento. “Ou seja, construído um hospital separado só para presos ou que um hospital aproveite a sua estrutura e crie uma ala separada, em que só os médicos terão acesso”, sugere.
Para Lima, com a construção do hospital, o sistema de saúde é beneficiado. “Hoje os presos não podem esperar e têm prioridade no atendimento. Essa medida levará à abertura de novas vagas para o resto da população”, fala.
Presidente Venceslau aguarda a construção de um hospital como contrapartida para a implantação das duas unidades prisionais e, enquanto a solicitação não é atendida, o vereador João Paulo Rondó cobrou a criação de um quarto-cela na Santa Casa do município, que atende presos das duas unidades da cidade, do Centro de Detenção Provisória de Caiuá, da penitenciária de Marabá Paulista e da Cadeia Pública de Piquerobi.
"A intenção é que o quarto-cela seja feito numa área separada, para termos mais segurança. É também uma cobrança para com o Estado, ele deve construir esse quarto-cela, já que é uma promessa bem antiga do governo e, agora, assim que tivermos a planta e o orçamento em mãos, iremos reivindicar", diz o vereador.