Da Redação
Em 20/05/2022 às 20:25
Apresentações de música autoral poderão ser prestigiadas pelo público, com acesso gratuito, até domingo
(Foto: Marcel Sachetti)
Até domingo (22), o coletivo 'Cultural Som na Linha' promove mais uma edição do festival de música autoral 'Diversonoridade'. Realizada desde 2019, a iniciativa busca criar uma rede colaborativa entre os e as artistas e profissionais da cultura regional.
Durante a pandemia, as atividades do coletivo foram adaptadas ao formato virtual, com edições em forma de lives. Agora, o festival retorna para a rua, e as apresentações serão realizadas na Praça do Centenário, no Parque do Povo, das 18 às 22h. Como de costume, o público pode curtir toda a programação de forma gratuita.
Além dos shows musicais, esta edição contemplará ainda a feira da economia solidária, com mais de 20 artesãs e artesãos expondo seus trabalhos, entre itens de vestuário, perfumaria, artesanato, gastronomia, entre outros.
Uma exposição de fotografia também integra a programação. Em “Os caminhos dos mares”, o fotógrafo Murilo Hernandes traz imagens captadas durante uma viagem pela região costeira do sul do Brasil e Uruguai. Uma jornada intensa que convida a observar tanto para fora, quanto para dentro.
Rafael Costa, fundador do Som a Linha e um dos organizadores do festival, explica que, a fim de democratizar ainda mais o processo de seleção das atrações do evento, foram abertas inscrições para interessados em se apresentar, via formulários do Google, o que resultou em 14 aplicações, entre grupos e artistas da cidade e região.
Todos os inscritos se apresentam na sexta (20), no sábado (21) e no domingo (22). Outra forma de ampliar o alcance do festival foi criar um novo formato de apresentação, mais reduzido, com duração de até 15 minutos, para que artistas que ainda não têm repertório autoral que cubra os 30 a 40 minutos habituais que são pedidos pudessem se inscrever também.
“Mudamos o formato para incluir mais artistas. A inscrição também foi uma forma de ‘instrumentar’ os artistas. Às vezes, quem tá começando não tem esses materiais [os que são solicitados no momento da inscrição: release, histórico, repertório, imagens, raider, mapa de palco], não sabem [que são necessários], acabam fazendo por causa do festival”, explica Rafael.
Para o músico, o coletivo continua sendo um dos únicos palcos a absorver a música autoral da região, e principalmente a incentivar os novos artistas. “Durante toda a pandemia, e mesmo agora com a flexibilização, muitos desses compositores e compositoras só puderam se apresentar nas ações do coletivo Som na Linha, no festival”, pontua.
Desde a primeira edição, em 2019, o festival Diversonoridade é realizado de forma independente e colaborativa. De lá pra cá, o coletivo conseguiu se articular junto ao poder público, através de editais e outras parcerias para a realização de ações com a possibilidade de remunerar os profissionais envolvidos.
A edição deste fim de semana, por exemplo, é realizada com recursos que vieram de uma ação que o coletivo organizou junto ao Sesc Thermas, de Presidente Prudente. Grupos que compõem o coletivo se apresentaram em lives do projeto Múltiplos Sons Em Casa, durante a pandemia, e todos os cachês recebidos foram doados para que a edição deste fim de semana e outras possam acontecer.
"Esse dinheiro é investido na segurança do evento, aluguel de equipamentos e infraestrutura, já que a maioria dos espaços públicos não possuem banheiros", explica.
Quem toca
Anastasia, Kafkiano, Aleixxxo, Diego Villas boas, Machado, Moments, Haruspex, Negreen the Creator, Murilo Altafine, Projeto a Vila, O fruto, Rabay, Filhos da Ciça, Mãe da Lua, Estrangeiros, Emocional Firefighters, Mocambo Groove e Antes das bombas atômicas apresentam seus shows autorais nos três dias de festival.
Serviço
Festival Diversonoridade
Data: de 20 a 22 de maio (sexta-feira a domingo)
Horário: das 18h às 22h
Local: Praça do Centenário, Parque do Povo
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