Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Sesc Thermas encerra ano celebrando diversidade musical com shows virtuais

Da Redação

Em 31/12/2020 às 18:37

Com quase 30 episódios no ar, Múltiplos Sons [em casa] encerra o ano celebrando a diversidade musical por meio de shows virtuais

(Foto: Divulgação)

No ano em que os shows presenciais deram espaço aos virtuais e as visualizações, curtidas e os compartilhamentos substituíram os aplausos, o Sesc Thermas de Presidente Prudente não deixou de estar presente na casa das pessoas, seguindo com a sua missão de levar arte, cultura e entretenimento para todos, sobretudo por meio do projeto Múltiplos Sons [em casa].

A versão original, presencial, contava com shows todos os sábados, às 16h, no palco da Área de Convivência da unidade, sempre de graça, reunindo públicos de gostos musicais plurais e, desta forma, indo ao encontro da multiplicidade.

Frente ao necessário isolamento social, porém, os encontros não deixaram de acontecer, mas, de forma um pouco diferente. Desde a segunda semana de julho, o Múltiplos Sons, agora [em casa], ocorre virtualmente, mantendo a periodicidade e horário da versão presencial.

Desde então, 26 episódios foram ao ar todos os sábados, às 16h, contemplando bandas e artistas solo da cidade, dos mais diversos ritmos e estilos musicais – pop, rock, folk, samba, rap, MPB, música eletrônica, instrumental –, remunerados pelo exercício de seu trabalho.

O objetivo, além de levar a arte da música para o público, foi manter os artistas ativos durante um período de trabalho escasso.

“Nos (re)aproximamos dessas pessoas no movimento de fortalecer a cena local e conhecermos sons autorais e talentos que ainda não tinham tido a oportunidade de se apresentar nos palcos do Sesc. Além disso, obtivemos milhares de visualizações. Chegamos a uma média de 400 visualizações por episódio, comprovando a adesão do público e a reverberação do projeto”, observa a técnica de programação musical Roberta Assef.

O show tem que continuar

Na tentativa de honrar o nome do projeto, não só pela diversidade musical, como na qualidade das apresentações, o Sesc Thermas, por meio de um produtor, tem mandado para a casa dos artistas equipamentos audiovisuais higienizados, para que eles próprios gravem sua performance, além de falas sobre sua carreira, a cena musical prudentina e imagens do seu ‘cantinho’.

“Trata-se de um formato intimista, que promove a aproximação entre o artista e o público, nesse momento, obrigatoriamente distanciados: o artista se apresenta em casa e o público, de casa, pode assistir à apresentação por meio dos canais digitais do Sesc”, explica Roberta.

Canais esses que revelaram comportamentos cada vez mais digitais em meio à pandemia, de acordo com a pesquisa “Target Group Index Flash Pandemic”, do Kantar IBOPE Media. Realizada de forma online, ela ouviu 3 mil respondentes de 16 a 75 anos no Brasil, apontando que 56% deles adotou melhor a tecnologia no dia a dia e 66% declarou ver mais vídeos online gratuitos neste período.

“A arte é um ‘respiro’ da alma. A gente consegue se organizar melhor e completar processos que são inconscientes tendo esse auxílio. Fazer a música chegar nas pessoas nessa época em que está todo mundo confinado é um ‘respiro’ para todos, principalmente por conta da saúde mental”, destaca Anderson Chizzolini, que além de se apresentar em um dos episódios, também atuou como produtor e editor dos vídeos.

Ainda segundo ele, a iniciativa que contemplou as exigências de saúde e segurança na pandemia, não deixando de produzir com os artistas da região, representou uma solução funcional à demanda da classe, que encontra nos espaços físicos compartilhados a potencialidade para fazer com que seu som alcance mais pessoas, espaços que, nesse momento, dão lugar às telas.

Opinião compartilhada também pela rapper Alliblack, que se apresentou em novembro e enxergou na continuidade do projeto em casa uma oportunidade de explorar a criatividade e de se reinventar no cenário estabelecido.

“Ações como essa fortalecem e motivam o artista de carreira independente a continuar produzindo e trabalhando na área. Além de valorizar o trabalho feito no Oeste Paulista, nos possibilitou a ter um material produzido e editado com qualidade e, ainda, a possibilidade de ter uma renda em meio à pandemia”, completa.

“Não vemos a hora de poder receber artistas e o público de volta no Sesc para essa comunhão tão bonita que é uma apresentação musical, mas até que haja segurança sanitária para tanto, seguiremos presentes e atuantes nas redes, por meio de projetos como o Múltiplos Sons [em casa] e outros que ainda estão por vir”, aponta Assef.

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