Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Urnas de Prudente são escolhidas para teste de integridade do TRE

Equipamentos foram escolhidos por sorteio e enviados para capital paulista, onde são auditados pela Justiça Eleitoral

Da Redação

Em 02/10/2022 às 15:52

Teste de Integridade ocorre desde as eleições de 2002

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) realizou neste sábado (1°) cerimônia para a seleção das urnas eletrônicas que passarão pelo Teste de Integridade e pelo Teste de Autenticidade nas eleições deste ano. Equipamentos de Presidente Prudente foram escolhidos e foram levados de avião para a capital paulista.

O evento, realizado no plenário do Tribunal, teve a participação de 32 entidades da sociedade civil convidadas a fiscalizar o processo de votação, como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sociedade Brasileira de Computação, Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), entidades do Sistema S, partidos políticos, Exército, entre outras. Também participaram da cerimônia 17 representantes de organizações internacionais que vieram acompanhar as eleições no Brasil.

Foram sorteadas as entidades que escolheram 27 urnas em todo o Estado de São Paulo que passarão pelo Teste de Integridade na capital paulista. Essas urnas foram levadas ainda no sábado por dois aviões fretados pelo TRE-SP, além de transporte terrestre, sempre com escolta policial. 

As cidades de onde saíram as urnas são: Paraguaçu Paulista, Maracaí, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Palestina, Olímpia, Novo Horizonte, Garça, Jaú, Ribeirão Preto, Franca, Ituverava, Ubatuba, Taubaté, Campos do Jordão, Atibaia, Louveira, Aguaí, Holambra, Tietê, Botucatu, Tatuí, Cananeia, Praia Grande, Peruíbe, Cubatão e Taboão da Serra.

Por fim, entidades sorteadas escolheram as 10 urnas em que será realizado o Teste de Autenticidade na própria seção eleitoral: São Caetano (seção 122), Itapetininga (seção 190), Bauru (seção 225), Guarulhos (seção 294), Avaré (seção 25), Mogi das Cruzes (seção 309), Pirassununga (seção 170), Lins (seção 72), Carapicuíba (seção 320) e Brodowski (seção 83).

Para a presidente da Seção São Paulo da OAB, Patrícia Vanzolini, que escolheu uma das urnas, esse procedimento é importante para que a população tenha segurança de que não existe nenhuma possibilidade de fraude e que as urnas funcionam corretamente.

“As urnas foram escolhidas de forma absolutamente aleatória. Agora essas urnas vão ser submetidas a auditoria e, uma vez que elas se mostrem confiáveis, isso significa que o sistema todo é confiável. É um sistema muito transparente, para dar segurança ao eleitor de que o voto que ele depositar vai ser contabilizado corretamente”, disse a presidente da OAB SP.

O presidente do TRE-SP, desembargador Paulo Galizia, afirmou que a missão do tribunal é a organização das eleições com segurança. “Não estamos preocupados com o resultado das eleições, mas sim em entregar ao eleitor a possibilidade de exercer o seu voto com tranquilidade. Nesse aspecto, nós temos trabalhado muito bem, todas as etapas vêm sendo cumpridas. Estamos nos esforçando como nunca para que esta eleição se realize em paz. Nós temos todas as condições para isso”, garantiu.

COMO FUNCIONA

O Teste de Integridade, que ocorre desde as eleições de 2002, é uma espécie de votação paralela com cédulas em papel, preenchidas por representantes das entidades fiscalizadoras. Para isso, foram preenchidas mais de 17.000 cédulas pelas entidades fiscalizadoras e por voluntários da Federação dos Bandeirantes. Ao final da cerimônia neste sábado, essas cédulas foram colocadas em urnas de lona, que serão levadas aos locais de auditoria, onde permanecerão em salas lacradas e vigiadas junto com as urnas eletrônicas.

Cada urna foi preenchida com um número de cédulas correspondente a um total de 75% a 82% do número de eleitores e eleitoras registradas na respectiva seção eleitoral.

No dia da eleição, esses votos são digitados nas urnas eletrônicas por servidores do Judiciário e do Ministério Público. Todo o processo é filmado e, ao final da votação, os resultados de ambas as urnas são comparados, comprovando que são os mesmos. Os votos da auditoria não são contabilizados na eleição.

Já o Teste de Autenticidade é uma auditoria nos sistemas eletrônicos das urnas. Antes do início da votação, é inserido na urna um programa verificador das assinaturas digitais, que apresentará na tela a quantidade de programas instalados na máquina e se as assinaturas são válidas. Após esses procedimentos, é impressa a zerésima, relatório que mostra que ainda não há nenhum voto registrado na urna, e é aberta a seção para a votação dos eleitores. O objetivo é demonstrar que a urna eletrônica possui os mesmos sistemas abertos, compilados, assinados e lacrados pelo TSE.

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