Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Em briga pelo pódio, Jerusa e Gabriel estreiam no Mundial de Paris

Sérgio Borges

Em 11/07/2023 às 12:00

Velocista e recordista mundial Jerusa Geber dos Santos, classe T11(cegas) e seu atleta-guia Gabriel Garcia brigam por medalhas em Paris

(Foto: Arquivo/Sérgio Borges/NoFoco)

Na 10ª edição do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris, na França, a delegação brasileira é formada por 54 participantes. São 51 atletas, 11 atletas-guia e três atletas brasileiros convidados pelo World Para Athetics (WPA), braço do Comitê Paralímpico Internacional(IPC, em inglês). Entre eles, estão a velocista e recordista mundial Jerusa Geber dos Santos, classe T11(cegas) e seu atleta-guia Gabriel Garcia, de Presidente Prudente.

A delegação em Paris é a maior do país na história dos Mundiais da modalidade. Antes, a maior equipe brasileira de atletismo em Mundiais havia sido em Dubai (EAU) 2019, quando o país convocou 43 atletas. Este é o primeiro Mundial de atletismo paralímpico após os Jogos de Tóquio 2020. 

Os dois representantes do atletismo paralímpico brasileiro já deixaram suas marcas na história do esporte em nível nacional e mundial e, mais uma vez, podem levar também o nome de Presidente Prudente para o alto do pódio no Estádio Sebastian Charlety.

Com uma quebra do recorde mundial, conquistada em março deste ano, na 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de Atletismo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, onde completou os 100 m em 11s83, Jerusa chega na cidade luz como uma das favoritas na prova.

A velocista acreana, de 41 anos, que reside e treina com seu marido Luiz Henrique Barboza, em Presidente Prudente, entra na pista no próximo dia 12 de julho, às 6h36, no horário de Brasília. Conforme relatou, no embarque dia 1º de julho, em Prudente, mesmo encarando o sexto mundial da carreira, para ela é sempre uma sensação de emoção, pois cada competição tem sua história.

Foto: Sérgio Borges/NoFoco

“A gente tem noção de que será uma competição difícil, por ser um Mundial. As minhas principais adversárias já competiram este ano e estão com marcas boas, mas estamos preparados e esperamos fazer um ótimo resultado”, afirmou Jerusa.

Falando da sintonia com o atleta-guia Gabriel Garcia e lembrando de momentos de superação da dupla, como nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a  velocista destacou a importância da convivência, a parceria e a constância nos treinos para que tudo saia como planejado.

“Sempre a dupla precisa estar conectada e pronta, principalmente para competições importantes como teremos em Paris, que certamente será mais uma batalha”.

Preparação e expectativa do treinador e marido

Para o treinador Luiz Henrique, que além da parte técnica, também é responsável por toda a estrutura de apoio, logística e demais cuidados não só de Jerusa e Gabriel, mas de todos os integrantes do Time da Jerusa, os velocistas chegaram em Paris com condições de alcançarem um resultado expressivo.

“Eles chegam bem neste campeonato mundial, para defender o título deles, já que foram campeões no último Mundial. Estão em uma ascensão muito boa, com os resultados nas competições no Brasil, e treinos, acreditamos que possam fazer uma boa marca. É visível que têm capacidade de alcançar um resultado de qualidade e talvez, se o Criador permitir, mais um recorde mundial”, disse Luiz.

Mas para chegar com o nível esperado em um Mundial, o trio teve que encarar algumas dificuldades, também enfrentadas por outros atletas em Presidente Prudente, uma delas foi a falta da pista de atletismo que esta em construção e foi preciso uma reinvenção para garantir bons resultados. 

“As dificuldades são grandes, mas em Prudente ultimamente está bem ruim. Principalmente por falta do ambiente de treinamento e sem a pista, que atrasou, então tivemos que ir na base do improviso para nos manter e avançar nos nossos propósitos e resultados”, afirmou o treinador.

Torcedora Símbolo

A exemplo do que aconteceu em 2019, nos Jogos Parapan, em Lima, no Peru, mais uma vez Jerusa e Gabriel terão uma torcedora ilustre acompanhando tudo bem de perto. 
Novamente a mãe de Jerusa, Sheila Geber, que já está em Paris com o genro e treinador da filha, está preparada para curtir a emoção de torcer para a recordista mundial.

Como da outra vez, a mãe torcedora, estará empunhando a bandeira confeccionada por ela e que será mais um símbolo do Brasil presente no estádio. “Nossa expectativa é a melhor possível, eu vim de Rio Branco, no Acre, para acompanhar e torcer pela Jerusa, pois ela sempre traz muita alegria pra gente, porque ela se esforça bastante para conseguir o que ela quer e junto com ela esperamos o melhor”, disse a mãe orgulhosa. (Com informações do CPB)

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