Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

"Se não receberem, será culpa do Sintrapp", diz Bosquet

Vereadores temem pedido de adiamento de reajuste devido prazo "apertado"

Rogério Mative

Em 19/03/2012 às 11:57

Protocolado na sexta-feira (16), o projeto do Executivo sobre o reajuste de 6,5% aos servidores municipais de Presidente Prudente deverá ser votado durante a sessão ordinária desta segunda-feira (19), na Câmara Municipal. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Municipal (Sintrapp) pedirá o adiamento da votação, porém, os vereadores temem pelo prazo "apertado" já que a data-base da categoria é neste mês e o período eleitoral se aproxima.

"Eu sou defensor do trabalhador. Eu não vou aceitar que o sindicato nos coloque como culpados pelo montante do reajuste. Da outra vez foi a mesma coisa, mas tinha tempo. Ou vota ou não tem aumento. O que o sindicato fala vai ter que honrar", fala o vereador Oswaldo Bosquet (PSB), lembrando a polêmica criada em 2011 entre Sintrapp e Câmara após aprovação de reajuste à categoria.

Bosquet ameaça votar contra o projeto para "satisfazer" o sindicato. "No ano passado falaram que os vereadores votaram conforme o prefeito pediu. Eu vou votar contra o reajuste, seguindo o Sintrapp. Se os servidores não receberem será a culpa do sindicato", pontua.

O parlamentar questiona sobre a representatividade do sindicato junto à categoria. "Minha preocupação é com o servidor. Essa é a vontade do servidor? Quero saber se o Sintrapp vai cobrir um possível prejuízo aos servidores se não votar o reajuste. Temos que tomar cuidado caso seja adiado por uma semana. Se adiar, não dará tempo para rodar a folha de pagamento com o reajuste", avisa. Na última sexta-feira, na sede do Sintrapp, cerca de 100 trabalhadores participaram da assembleia realizada para discutir uma possível greve da categoria.

Izaque Silva (PSDB) também alerta sobre os prazos para votação do projeto sobre reajuste. Segundo ele, existe possibilidade de adiamento caso o Sintrapp faça o pedido. "Possibilidade existe, mas tem que ver a questão legal de prazos porque entraremos em período eleitoral. O reajuste independe do prazo porque é garantido constitucionalmente. Mas tem que ver se o projeto assinala outra coisa, como aumento real", diz.
 

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