Sessão de cassação será realizada mesmo com ausência de Silgueiro
ROGÉRIO MATIVE
Em 23/02/2016 às 13:27
Em rede social, uma foto foi postada por uma amiga mostrando o vereador sendo medicado em hospital de Bataguassu
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Com ou sem Adilson Silgueiro (PMDB), a sessão especial de julgamento será realizada na manhã dessa quarta-feira (24). É o que garante o presidente da Câmara Municipal de Presidente Prudente, Ênio Perrone (PSD), que convocou os parlamentares através de edital publicado por três dias seguidos.
O peemedebista é acusado de apropriação indevida de valores e procedimento incompatível com o decoro parlamentar e corre o risco de ser cassado após a Comissão Processante (CP) opinar pela perda de mandato.
O chefe do Legislativo diz que todos os esforços foram feitos visando notificar pessoalmente Silgueiro, que estaria internado em um hospital de Bataguassu/MS. Porém, ele teria visitado vereadores nos últimos dias tentando apoio contra sua possível cassação.
"Amanhã [quarta-feira] está marcado o julgamento. Todos os esforços foram feitos para localizá-lo. A convocação por três dias através de edital publicado em jornal é suficiente. Esses três editais são considerados como convocação. Essa é a orientação do Jurídico, podemos fazer a sessão mesmo se ele não comparecer", falou Perrone, em entrevista ao radialista Cláudio Moreno, na Rádio Comercial AM.
De acordo com Perrone, a Câmara-PP fará "o que tem que ser feito" dentro da transparência. "O povo está cansado dessas enrolações. Vamos fazer o que tem que ser feito. Não tem nenhum sentido de cometer injustiça. Tudo foi feito com maior transparência. Agora, cabe aos vereadores decidir, após apresentar todo o relatório, se teve crime ou não. Ninguém vai misturar amizades ou inimizades", pontuou.
Sem comparecer à sessão dessa segunda-feira (22), Silgueiro teria procurado seus companheiros de Legislativo visando obter apoio contra a perda de mandato. Em rede social, uma foto foi postada por uma amiga mostrando o vereador sendo medicado.
"Alguns vereadores foram procurados por ele. Sabemos que ele tem rodado pela cidade, mas nossos funcionários não são oficiais de Justiça. Houve um telefonema anônimo de que ele estaria internado em um hospital em Bataguassu. A gente estranha porque não é nada que possa impedir que tenhamos um julgamento transparente. Ele está tentando antecipar uma defesa para os vereadores", concluiu.
A sessão de julgamento está marcada para ter início às 11h.
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