Prefeitura quer projeto para amenizar inundações frequentes no local
ROGÉRIO MATIVE
Em 03/03/2016 às 19:19
Parque do Povo: basta alguns minutos de chuva para carros boiarem e estabelecimentos serem
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Basta alguns minutos de chuva para carros boiarem e estabelecimentos serem "visitados" pela força da água. Assim é o retrato do Parque do Povo em Presidente Prudente, que a Prefeitura promete modificar a partir de estudos técnicos visando amenizar as inundações. Porém, a solução não sairá do papel neste ano.
Local cortado pelo Córrego do Veado, o Parque do Povo começou a ser urbanizado em 1976. Na época, foi motivo de vários embates políticos e judiciais devido à desapropriação de terrenos vizinhos. Com área de 460 mil m² de extensão, boa parte foi impermeabilizada gerando inundações frequentes durante as chuvas.
Entre as possíveis soluções, estão a construção de galerias paralelas, piscinões, além da reabertura do canal fechado em 1995. Mas, os custos podem girar em torno de R$ 30 milhões. "Já solicitamos ao IPT [Instituto de Pesquisa Tecnológicas] o orçamento para um estudo técnico executivo para que, consequentemente, saibamos quanto custará para resolver o problema, mas calculamos mais de R$ 30 milhões, o que hoje não está dentro das condições da Prefeitura e não há linhas de financiamento para esta obra. Queremos deixar para o próximo prefeito, se for o caso, um projeto para que ele possa captar recursos", comenta o prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã). O assunto foi abordado nesta quinta-feira (3), durante entrevista coletiva.
"De acordo com levantamento, Prudente tem quatro pontos de inundações, sendo três localizados no Parque do Povo. Engenheiros do IPT estiveram aqui. Então, vamos pedir um projeto executivo para saber qual seria a solução e custo para o município. É inevitável que tenhamos que construir uma nova galeria em paralelo. Temos que ver se existe a possibilidade de piscinões. Temos que lembrar também que essa galeria passa por baixo de um shopping", pontua. O município conta com 33 bacias hidrográficas, o que pode contribuir com as inundações.
Em 1995, durante a gestão de Agripino de Oliveira Lima, teve início a substituição da canalização do tipo trapezoidal - com aproximadamente 1870 metros de extensão – pela canalização fechada, constituída por tubos armcos corrugados. As obras foram executadas em etapas e tiveram custo estimado em R$ 5 milhões.
O fechamento do canal foi considerado um erro por especialista ouvido pelo Portal, em 2012. "Houve erro lá atrás? Não cabe a eu falar. É uma das hipóteses [reabrir o canal]. Será que a população gostaria disso? Estudos precisam ser feitos. Não tenho dúvida que a galeria de tubo armco não tem vazão suficiente para essa carga durante as chuvas", finaliza.
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