Trovani ataca vereadores na tribuna; Valmir vira alvo

O andamento da sessão de julgamento de Marcelo Trovani (PSB) seguia tranquila até o momento em que o advogado de defesa, Marcelo Agamenon Goes de Souza, utilizou a tribuna. Segundo ele, houve cerceamento de defesa.

Agamenon acusou o presidente da Comissão Processante (CP) de "esconder" o processo para a defesa perder o prazo. Ele prometeu representar Valmir da Silva Pinto - que também é advogado - na OAB, citando que o parlamentar pode ficar inelegível caso seja condenado pela instituição da classe.

Em seguida, Trovani deixou o discurso de defesa de lado para atacar os vereadores. O alvo principal foi novamente Valmir da Silva Pinto. O tom de voz subiu, com citações de suposto nepotismo praticado por Valmir devido seu filho ter trabalhado no Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop) por oito meses.

Ofendidos, três vereadores pediram para que a Mesa Diretora finalizasse o tempo de 30 minutos cedido a Trovani para sua defesa. "Você não veio se defender, veio atacar", disse o presidente do Legislativo, Enio Perrone (PSD).

Rebateram

No uso da palavra, o vereador Valmir da Silva Pinto rebateu as acusações do advogado de defesa. Segundo ele, todo o processo foi entregue à secretaria da Casa de Leis após ser finalizado pela CP.

Em seguida, Demerson Dias (PSB) criticou duramente Trovani. "Cheguei em casa, minha família chorando. Fui citado por você mais de 10 vezes na gravação. Você que eu levei para o meu partido, na confiança", falou.

Diferentemente dos demais, Ivan Júnior (PTB) fez questão de usar a tribuna para endossar o discurso utilizado pelos demais vereadores. "Quem não erra, não vem pedir desculpas como Trovani fez".

"Não preciso roubar nada de ninguém. Quem condena alguém de roubar, não tem consciência. Trovani, você é um menino trabalhador. Tenha calma, não se queime com qualquer coisa", aconselhou Jaílson Pereira (Zé do Gato, PSC).

Também fizeram questão de falar os parlamentares Ivan Itamar (PT), Geraldo da Padaria (PSB), Alba Lucena (PTB), Elza do Gás (PTB) e Natanael Gonzaga (PSDB). "Você foi infeliz nas palavras. Nunca precisei pegar dinheiro e nunca peguei na minha vida. Trabalhamos com ética e lisura na Comissão. Foi uma falta de respeito com todos os vereadores [acusação de Trovani]", reclamou o tucano.

Atualizada às 19h05, 19h13 e 19h20