ROGÉRIO MATIVE
Em 06/07/2018 às 17:11
Para o chefe do Legislativo, os gastos devem ser proporcionais à arrecadação registrada pelo município
(Foto: Arquivo/AI)
Um dos quatro votos contrários ao projeto de lei que autorizou a Prefeitura de Presidente Prudente a contratar financiamento de R$ 6,6 milhões, o presidente da Câmara Municipal, Enio Perrone (PSD), critica a forma escolhida pelo município para manter o volume de obras visto nos últimos anos.
Para o chefe do Legislativo, os gastos devem ser proporcionais à arrecadação registrada pelo município. "Se medidas econômicas tivessem sido tomadas desde o primeiro quadrimestre do ano passado, quando foi indicado que estava se trabalhando acima do que se arrecadava, talvez não precisasse fazer empréstimos para fazer tudo isso daí", falou.
Segundo ele, faltam medidas de economia como, por exemplo, diminuir o número de comissionados. "É uma opção [financiamentos], mas a gente gostaria que as contas da Prefeitura tivessem realmente mais equilibradas para fazer mais empréstimos. Não assistimos ainda nenhuma medida de economia, de diminuição de secretarias, como o próprio vereador Demerson [Dias, PSB] falou mais de uma vez aqui, ou diminuição da folha de pagamento de comissionados", citou.
Na quarta-feira (4), os vereadores aprovaram o Projeto de Lei Nº 548/17, que autoriza o Executivo a contratar financiamento com a União, por meio da Caixa Econômica Federal, até o valor de R$ 6,6 milhões. Em contrapartida, a Prefeitura deve oferecer garantias para execução de projeto integrante do PNAFM 2ª Fase/2ª Etapa.
O programa tem como objetivo buscar a estabilidade econômica por meio de equilíbrio fiscal autossustentável. Para tal, tem como fundamento a prática de política pública transparente e eficiente na gestão da receita e gasto público municipal por parte do município.
A votação terminou em 8 a 4 pela aprovação da proposta enviada pelo prefeito Nelson Bugalho (PTB). "A gente está sempre ajudando a fazer mais dívidas e criar dificuldades financeiras para a Prefeitura. A votação foi democrática, como sempre foi nessa gestão. Cada um teve seu direito a votar e falar o que gostaria", finalizou.
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