Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Estudo contribui para prevenção e controle da febre maculosa na região de PP

Da Redação

Em 18/04/2025 às 11:35

Tese é ferramenta para melhor compreensão e elucidação do comportamento da doença regionalmente

(Foto: Arquivo)

Um estudo inédito na região do Médio Paranapanema permitiu delinear a ocorrência da febre maculosa brasileira (FMB), com suas implicações epidemiológicas e ambientais. O trabalho é da bióloga Iara Giodarno Rosa Xavier.

A tese é uma ferramenta para melhor compreensão e elucidação do comportamento da doença regionalmente, direcionando a criação e implementação de medidas.

As providências sugeridas incluem programas educativos voltados tanto para a população que frequenta áreas de risco quanto para equipes de saúde, com intuito de minimizar a ocorrência da doença na população humana, casos graves e óbitos.

O estudo da especialista em questões ambientais e saúde pública foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), com a orientação de doutorado pelo Prof. Dr. Vamilton Alvares Santarem.

Mapas e fatores de risco

A tese tem o título “Aspectos ecoepidemiológicos da febre maculosa brasileira na região do Médio Paranapanema, Estado de São Paulo”. Essa região é banhada pelo rio Paranapanema e tem Assis e Ourinhos como cidades de referência.

O estudo teve como objetivo avaliar os aspectos epidemiológicos da doença e carrapatos vetores nessa região do Oeste Paulista. Os dados levantados, de 2007 a 2021, foram extraídos do Sistema de Informação e Agravo de Notificações (Sinan).

Também dos relatórios de investigação acarológica de secretarias municipais e da Secretaria Estadual de Saúde. Os dados foram trabalhados com geração de mapas e estudo de fatores de risco. Foram 1.138 notificações em 16 municípios, sendo 74 casos positivos.

Dr. Rodrigo Costa, Iara Giordano, Dr. Vamilton Santarém e Dr. Rogério Giuffrida | Foto: AI/Unoeste

Alta taxa de letalidade

O estudo demonstrou o aumento de risco para a doença em pessoas que vivem em área rural. Foi observada alta letalidade para a doença na região, com índice de 68,9%.

Os resultados da pesquisa mostram a ocorrência da doença com alta taxa de letalidade em ambiente com condições para manutenção de capivaras e carrapatos. O estudo oferece importante contribuição às políticas públicas nessa área.

Este trabalho ainda pontua a necessidade de capacitação de equipes da saúde para notificação e tratamento adequado e em período oportuno do agravo; e também a realização de programas educativos voltados à população para mitigar a infecção por febre maculosa brasileira.

Conforme o Dr. Vamilton, o trabalho trouxe importante contribuição sobre fatores de risco e como se comporta a doença na região do Médio Paranapanema, divisa de São Paulo com o Paraná, para que as autoridades de saúde tenham parâmetros para agir.

A defesa pública foi avaliada pelo Dr. Rodrigo Costa da Silva e Dr. Rogério Giuffrida, da Unoeste; e on-line pela Dra. Cristina Sabbo Costa, da Secretaria de Estado da Saúde; e Dra. Louise Nicolle Bach Kmetiuk, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

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