Thiago Ferri
Em 03/06/2009 às 17:33
O deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) adiantou ao Portal que, caso seja convidado a falar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar denúncias de fraudes em licitações para construção de casas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) ele o fará “sem problemas”. “Essa CPI vai fazer uma avaliação sobre os contratos da empresa [CDHU] de uma forma geral, como um todo, não é nada regional. E se eu for convidado para falar sobre política habitacional vou sem problemas, até porque já fui secretário de Estado da Habitação [em 2004]”, disse. A CPI da CDHU vai apurar as denúncias de fraudes em licitações e superfaturamento na construção de casas populares feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil, que em 15 de maio de 2007 deflagrou a Operação Pomar e constatou problemas na execução de obras em 21 cidades da região de Presidente Prudente. Na ocasião, foi decretada a prisão temporária de 17 investigados. Em julho de 2007, Mauro Bragato foi acusado de ter recebido propina da empresa FT Construções, cujo dono foi apontado pela polícia como mentor do esquema. O deputado negou e, por unanimidade, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado arquivou o processo contra o tucano em agosto do mesmo ano. “Por maior que seja o esforço de relacionar minha pessoa com alguma coisa que teve naquele caso, não vão conseguir, porque já provei na Justiça minha inocência”, afirmou Bragato. O deputado ainda revelou que assinou favoravelmente à realização da CPI, que teve publicada sua criação no último dia 7 de maio e nesta quarta-feira (3) elege seu presidente e vice. “Minha assinatura teve grande importância para a criação dessa Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse ele.
