Da Redação
Em 15/06/2020 às 11:45
Até 2016, planta industrial abrigou frigorífico até 2016; fechamento provocou demissão de 700 pessoas na época
(Foto: Arquivo/Sérgio Borges)
A JBS anunciou que vai retomar sua operação em Presidente Epitácio por meio de duas de suas empresas após fechar o frigorífico na cidade, o que motivou ação milionária do Ministério Público do Trabalho na época. Agora, o grupo revela que investirá R$ 100 milhões para transformar o local em fábrica de insumos farmacêuticos e sede de transportadora.
No espaço que abrigou o frigorífico até 2016, será implantada a Orygina, que desenvolve matéria-prima para centros de pesquisas, desenvolvimento molecular, terapias genéticas e vacinas.
Essas substâncias são utilizados como matéria-prima para princípios ativos farmacêuticos e são produzidos a partir de subprodutos da cadeia de proteína animal.
Entre esses princípios ativos está a heparina, potente anticoagulante extraída da mucosa intestinal de porcos e bois.
Com a fábrica em Presidente Epitácio, a JBS leva para o município um importante polo tecnológico com capacidade de tornar o Brasil autossuficiente na produção de heparina. A fábrica deve ser inaugurada no primeiro trimestre de 2023.
A JBS já possui uma fábrica da Orygina em Campo Grande (MS), produzindo insumos para indústria farmacêutica e foco no desenvolvimento de matéria-prima para centros de pesquisas, desenvolvimento molecular, terapias genéticas e vacinas.
Atualmente, a empresa investe em mais de 100 ativos para insumos fármacos a partir de órgãos do boi, como pâncreas e fígado, por exemplo.
Transportadora
Outro projeto importante na nova estrutura é a instalação da JBS Transportadora, que deve começar suas operações na cidade em 30 dias. As obras no local já estão em andamento, com a reforma do piso, instalação de iluminação e envio do tanque para abastecimento dos veículos.
Epitácio será um ponto estratégico para a unidade de negócios de logística da JBS, centralizando as rotas que vão conectar o Mato Grosso do Sul ao Paraná. “O entroncamento logístico tem potencial para aumentar o número de visitantes na cidade, impulsionando os setores de hospedagem e alimentação”, diz a empresa.
Tanto a Orygina quanto a JBS Transportadora fazem parte do grupo de empresa da JBS Novos Negócios, que possui 11 unidades de negócio no Brasil, reunindo operações que transformam os coprodutos e materiais não aproveitados do processamento da carne bovina, suína e de aves em em biodiesel, colágeno, envoltórios para embutidos, rações, insumos fármacos, materiais de higiene e limpeza, entre outros.
Além disso, inclui empresas de serviços estratégicos para a JBS, nos segmentos de embalagens metálicas, trading, transportes, reciclagem e gestão de resíduos.
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