Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Acusado de abuso sexual, cardiologista é preso em Prudente

Da Redação

Em 18/01/2019 às 19:10

Após exame do corpo de delito na Delegacia de Defesa da Mulher de Prudente, o médico será transferido para a Penitenciária de Lucélia

(Foto: Cedida/PC)

Na tarde desta sexta-feira (18), o médico cardiologista Augusto Cesar Barreto Filho se entregou à polícia após ter sua prisão decretada pela Justiça por ser apontado como responsável pelo abuso sexual de mais de 30 pacientes.

Após ser submetido ao exame do corpo de delito na Delegacia de Defesa da Mulher de Presidente Prudente, o médico será transferido para a Penitenciária de Lucélia.

Entenda o caso

Na segunda-feira (14), o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou Augusto Cesar Barreto Filho à Justiça em ação movida pelo promotor Filipe Teixeira Antunes.

Além do oferecimento da denúncia por violação sexual mediante fraude, o promotor havia pedido a prisão preventiva do médico. “Existe o risco de que ele volte a praticar atos libidinosos dentro de fora do consultório”, afirmou Antunes, na ocasião.

Até o momento, são 33 acusações de que o médico, hoje com 74 anos, assediava as pacientes durante a consulta. Os abusos ocorreram em 2008, 2011 e 2014. Além destes registros, a polícia recebeu 12 ligações de mulheres com o intuito de denunciar o profissional.

As vítimas disseram à polícia que o cardiologista recebia as pacientes em sua sala e, no momento de aferir a pressão, fazia com que elas encostassem nas partes íntimas dele. O médico chegou ainda a agarrar algumas pacientes por trás e a acariciá-las, segundo os relatos.

Sindicância

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu sindicância para apurar as denúncias contra o cardiologista. "As novas denúncias, reveladas por meio da imprensa, serão juntadas à investigação em curso", diz o órgão em nota.

O Conselho informou, ainda, que o pedido de cancelamento de registro profissional, apresentado pelo médico, foi indeferido, "uma vez que ele responde à sindicância", isso porque tal cancelamento tornaria nulas as consequentes medidas punitivas. Em seguida, suspendeu as atividades profissionais do médico.

A defesa do médico afirmou que a denúncia corre em segredo de Justiça e, por isso, não irá se manifestar. Caso ele seja condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude, a pena pode chegar a seis anos de reclusão.

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