Da Redação
Em 06/03/2019 às 09:55
Acusado de abuso, padre atuou em Presidente Epitácio entre 2015 e 2017
(Foto: Arquivo/AI)
Após a prisão do padre Claúdio Candido Rosa, 43 anos, na última semana, a Diocese de Presidente Prudente emitiu uma nota afirmando que acredita na inocência do acusado de ter praticado abusos sexuais contra dois coroinhas quando atuou em Presidente Epitácio, entre 2015 e 2017. Contudo, prefere aguardar a apuração dos fatos para comentar novamente sobre o assunto.
Na última quinta-feira (28), o padre foi preso em Presidente Prudente, indiciado por estupro de vulnerável. Investigações da Polícia Civil apontam que ele praticou atos libidinosos com dois garotos, menores de 14 anos de idade, que exerciam as funções de coroinhas na paróquia da cidade.
"A Diocese de Presidente Prudente, abaixo apresentada, serve-se da presente, para esclarecer sobre as acusações que pesam sobre um sacerdote desta diocese; embora acreditemos na sua inocência, quando se iniciaram as investigações, a primeira providência tomada, foi afastá-lo de suas funções. Essa atitude será mantida até o julgamento final", diz o texto assinado pelo bispo Dom Benedito Gonçalves.
Segundo o bispo, a Diocese aguardará a apuração dos fatos. "Declaramos, com veemência, que repudiamos qualquer crime ou abuso sexual. Assim, a Diocese de Presidente Prudente, aguardará a apuração das acusações pela justiça, para poder emitir um novo posicionamento", pontua.
"Contando com as orações de todos, esperamos que a verdade prevaleça e a justiça seja feita", finaliza.
O caso
A apuração teve início em novembro de 2017 e o inquérito foi concluído em 19 de fevereiro deste ano. Com a prisão preventiva decretada, ele foi preso em Prudente e encaminhado posteriormente à Penitenciária de Lucélia.
À polícia, o padre negou todos os fatos. Após sair de Presidente Epitácio, ele foi a morar em Goiás. De acordo com publicação do Jornal Folha de São Paulo, segundo a Polícia Civil, as vítimas dizem que tinham menos de 13 anos quando foram abusadas, a maioria das vezes dentro da casa paroquial.
As investigações contra o padre começaram há pouco mais de um ano, quando um comerciante de Presidente Epitácio ouviu relato do próprio filho que diz ter sido abusado. Ele ouviu que um colega da criança também teria sido vítima, e ambas as famílias procuraram a polícia.
Na investigação, a polícia localizou com outro adolescente, também coroinha, uma foto do padre Cláudio nu, tirada dentro do quarto do religioso. A polícia fez busca e apreensão na casa paroquial e apreendeu um computador utilizado pelo padre.
Segundo os investigadores, havia material pornográfico, mas adulto. Após ser suspenso pela diocese, padre Cláudio estava vivendo em Uruaçu, em Goiás. Ele chegou a ser ouvido durante a investigação por meio de carta precatória e negou ter abusado dos meninos.
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