Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Aos 92 anos, morre professora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima

Prefeitura decreta luto; velório será no Palácio de Esportes da Unoeste

Da Redação

Em 10/11/2022 às 09:36

Dona Ana dedicou-se durante décadas à educação, a saúde e também à vida pública, tendo sido vereadora entre os anos de 2001 e 2004

(Foto: Arquivo/MKT Unoeste)

Na madrugada desta quinta-feira (10), faleceu Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, aos 92 anos. Carinhosamente chamada de Dona Ana, sua história foi escrita pela dedicação ao ensino como professora, diretora escolar e idealizadora da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), ao lado do ex-prefeito Agripino de Oliveira Lima. A causa da morte não foi informada.

Dona Ana dedicou-se durante décadas à educação, a saúde e também à vida pública, tendo sido vereadora entre os anos de 2001 e 2004. "Obrigado Dona Ana, por tudo aquilo que nos ensinou e pelas milhares de vidas que você ajudou a transformar por meio da educação", cita a Unoeste, instituição que ela ajudou a fundar, em nota. 

Segundo a instituição, Dona Ana faleceu em casa por volta das 6h desta quinta, em Presidente Prudente, cidade onde vivia desde 1962; portanto, há 60 anos. 

Em decorrência da morte de Dona Ana, a Unoeste declarou luto e suspenderá suas atividades acadêmicas e administrativas por dois dias, a partir do meio-dia de quinta-feira até sexta-feira (11). 

O velório será realizado no Palácio de Esportes, no campus 1 da Unoeste, das 14h às 22h. Depois as homenagens seguem para o campus 3, em Álvares Machado, onde será sepultada junto com o professor Agripino de Oliveira Lima Filho.

O sepultamento será às 9h desta sexta-feira (11).

Luto de três dias

Na edição do Diário Oficial Eletrônico (DOE), a Prefeitura de Presidente Prudente decretou luto oficial de três dias. O texto cita o importante papel e 'imensurável contribuição' como uma das fundadoras e na atuação como professora e reitora da Unoeste.

"É impossível falar da história de Prudente sem lembrar de Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima. Ela, ao lado de Agripino Lima - ex-esposo, já falecido -, promoveram uma revolução em nossa cidade por meio da educação, há mais de 50 anos, e para sempre serão lembrados com muito carinho", diz o prefeito de Prudente, Ed Thomas (sem partido).

Ed ainda lembra o reencontro com Dona Ana após ela ser diretora da escola onde estudou na infância. "Mas não posso deixar de falar da importância pessoal de Dona Ana em minha vida. Foi minha primeira diretora, quando ainda criança, na Escola José Carlos Pimenta".

" Muitos anos depois, fomos vereadores juntos, entre 2001 e 2004, discutindo e criando soluções para o desenvolvimento de Prudente. Obrigado por tudo, Dona Ana, seu nome já está eternizado na história de todos nós", finaliza.

Legado na educação

Dona Ana foi professora primária em escolas rurais e urbanas por mais de dez anos, de 1951 a 1963. Daí em diante e durante 17 anos foi diretora de escolas estaduais em Indiana, no bairro Sete Copas; e em Prudente, nos jardins Planalto e Paulista; até se aposentar. 

Nos oito primeiros anos da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec) manteve dupla jornada: no estado e na iniciativa privada.

Sonho materializado 

A Apec foi criada em 1972, como materialização do sonho do casal de professores Agripino de Oliveira Lima Filho (31/08/1931- 07/03/2018) e Dona Ana que exerceu inicialmente a função de secretária geral. 

Em 1987, com o reconhecimento do Ministério da Educação, surgia oficialmente a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), que tem como mantenedora a Apec. Dona Ana ocupou os cargos de pró-reitora acadêmica e de reitora, se afastando em 2015 durante o processo de sucessão da gestão assumida por filhos e netos. 

Sabedoria e acertos

Na única vez em que colocou seu nome em apreciação popular, foi eleita vereadora com 5,5 mil votos, a mais votada em 2000. Por mais de uma vez foi chamada para ser candidata a prefeita, mas não quis.

Natural de Gália, na região de Bauru, que fica no centro-oeste paulista, nasceu em 13 de março de 1930. Era a do meio de cinco  irmãos; sendo que o pai Joaquim Cardoso Maia era neto de portugueses e a mãe Felícia Bertoldi Maia imigrante italiana. 

Os filhos foram criados com recursos da leiteria em sítio arrendado ou na atuação como administrador de fazenda. Aos oito anos de idade, a menina Ana já trabalhava, na entrega de leite. Fez o primário em Gália. Estudou o ginasial e o normal em Guaratinguetá.

Início na educação 

Em 22 de dezembro de 1950 formou-se professora. No dia 17 de fevereiro do ano seguinte iniciou sua carreira em escola rural, distante 4 km da fazenda que seu pai administrava. Ia a cavalo e precisava de companhia para atravessar a mata, diante da possibilidade de ataque de algum animal feroz. Em 1951 casou-se com Agripino que ainda estudava para ser professor e trabalhava no armazém de sua família em Garça, na região de Marília.

Através de concurso público, em 1957, Agripino assumiu o cargo de diretor de escola rural na Vila Escócia, em Martinópolis. Lá ficou dois anos e só ia para casa nos finais de semana. Em Garça nasceram três dos quatro filhos: Augusto Cesar, Ana Cristina e Maria Regina. O caçula Paulo César, 13 netos e seis bisnetos nasceram em Prudente, onde a família chegou em 15 de janeiro de 1962, depois de dois anos em Alfredo Marcondes. 

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