Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Com manejo e técnicas, área produz 300 arrobas de algodão por hectare

Da Redação

Em 09/05/2024 às 07:09

No cultivo, plantado no final do ano passado e prestes a ser colhido, foi utilizada irrigação com pivô central

(Foto: Homéro Ferreira/AI Unoeste)

Manejo e técnicas trabalhados em pesquisas ao longo dos últimos nove anos resultam em um dos melhores algodões da região Oeste Paulista, cuja cultivo atual ocorre em área de 2º ano de algodão em sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP), tendo intercalado soja, milho e braquiária desde 2016. 

A plantação está na Fazenda Experimental da Unoeste. No cultivo, plantado no final do ano passado e prestes a ser colhido, foi utilizada irrigação com pivô central, com aspersores acoplados em extensa estrutura de aço que se movimenta em pneus grandes. 

Foi nesse ambiente que ocorreu o 'Dia de Campo da Cultura do Algodão', nesta semana, com estudantes de Agronomia.

Capacidade e liderança

O professor Dr. Fábio Rafael Echer explica que a estruturação se deu na disciplina de Culturas Agrícolas 3, da qual o algodão faz parte. Mediante a exposição da proposta, os alunos foram divididos em grupos, por sorteio. 

Medida com o propósito para saírem da zona de conforto de grupos formados por afinidade e trabalharem com colegas que acabam tendo menos contato. Isso no sentido de entenderem melhor o mercado de trabalho, no qual as tarefas coletivas são realizadas sem processos de escolhas pessoais. 

Em grupos aleatórios, precisam testar capacidades, como a de escolha de liderança para tomar a frente da negociação de como será o trabalho e as divisões de tarefas.

Outro aspecto importante, conforme o professor, esteve voltado ao desenvolvimento da comunicação verbal que é muito presente na vida profissional do engenheiro agrônomo, nas relações com produtores e em eventos de empresas, com conteúdos técnicos ou comerciais. S

Sendo assim, o Dia de Campo da Cultura do Algodão serviu como exercício para a vida prática. Os estudantes apresentaram dados de pesquisas para os colegas de turma, aos estudantes de mestrado e doutorado e à convidada externa engenheira agrônoma Dra. Bianca Sekiya, supervisora de pesquisa da empresa Fachokli Sementes e Nutrição. Foram apresentações técnicas.

Alinhamento com o mercado

As cinco estações instaladas no meio do algodoal foram sobre fertilidade do solo, regulador de crescimento, manejo integrado de pragas, principais doenças e desfoliantes e maturadores. Ao final, outra atividade prática foi a conduzida por mestrandos e doutorandos, sobre estimativa da produtividade através da contagem e pesagem de capulhos de algodão. 

“Toda parte técnica também foi importante por exigir que os alunos fossem atrás, que pesquisassem, que entrassem em contato com pesquisadores e produtores do Mato Grosso, para ver o que está sendo feito em outras regiões em relação manejo de pragas e doenças”, explica o Dr. Echer.

“Isso permitiu que expandissem o networking, conhecendo pessoas, mesmo que a distância, para obter informações e confrontar aquilo que está escrito nos livros e dessa forma fazer uma atualização”, diz em referência de que o campo é mais dinâmico que a literatura. 

“A gente trabalha com sistema biológico que está em constante mudança e transformação e os produtores precisam se adaptar mais rapidamente. Muitas têm coisas que estão acontecendo no campo e ainda não estão nos livros, nos manuais. Isso é fundamental. Quando terminarem os estudos, seja graduação ou pós, estarão alinhados com o mercado de trabalho”, pontua.

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