Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Coqueluche: conheça os riscos e saiba como se proteger

Da Redação

Em 06/06/2025 às 14:13

Conhecida como “tosse comprida”, doença é contagiosa e pode ser grave em bebês; vacina previne

(Foto: Freepik)

A coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, e caracteriza-se por crises intensas e persistentes de tosse. Pessoas de qualquer idade e região de moradia podem contrair a doença, alertam especialistas do Hospital Unimed Prudente. 

Embora muitos pacientes se recuperem sem complicações, a doença pode ser grave, especialmente em bebês e indivíduos com condições clínicas preexistentes. A vacinação, indicada ainda na infância, é a principal forma de prevenção.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, na última década (2014-2024), a região Sudeste registrou 5.854 casos de coqueluche. O ano de 2014 foi o que apresentou o maior número de casos, totalizando 2.164 notificações da doença. Os registros foram diminuindo, chegando a apenas 18 casos em 2023. No entanto, os índices dispararam novamente em 2024, quando foram registrados 1.696 casos. Até 21 de maio desse ano, os números já chegaram a 321.

Nesse mesmo período (2014-2024), na cidade de Presidente Prudente, foram registrados 16 casos de coqueluche. Desse total, 10 ocorreram em crianças de até 1 ano de idade e eram do sexo feminino. 

Além disso, três casos foram registrados em crianças de 1 a 4 anos; um caso, em uma criança entre 5 e 9 anos; e dois casos, na faixa etária de 10 a 14 anos. Em 2025 ainda não há registros da doença
 
Como ocorre a transmissão da coqueluche

A transmissão da coqueluche ocorre pelo contato direto com pessoas infectadas, principalmente por meio de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou até mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, também é possível que a doença seja transmitida por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. 

No entanto, essa forma de transmissão é menos frequente, pois a bactéria causadora da coqueluche tem baixa resistência fora do corpo humano, embora não seja impossível.

Os sintomas podem surgir logo após a infecção, sendo que o período de incubação varia, em média, de 5 a 10 dias, mas pode variar entre 4 e 21 dias, e, em casos excepcionais, chegar até 42 dias.
 
Sintomas e fases da coqueluche

Os sintomas da coqueluche podem evoluir em três fases:

Fase inicial: os sintomas são semelhantes a de um resfriado comum, como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Porém, o quadro vai evoluindo gradualmente para crises de tosse mais intensas.

Fase paroxística ou de tosse intensa: a fase pode durar de duas a seis semanas, sem febre ou com febre baixa, e em alguns casos ocorrem picos de febre no decorrer do dia. Quanto à tosse, ela se torna forte e incontrolável, com crises súbitas e rápidas que podem provocar vômitos. Durante essas crises, a pessoa pode ter dificuldades para respirar, ter congestão nasal ou cianose. Às vezes, faz um som agudo ao inspirar.

Fase de recuperação ou convalescença: a tosse começa a diminuir em frequência e intensidade, mas pode persistir entre duas a seis semanas ou por até três meses. Durante essa fase, infecções respiratórias de outra natureza podem fazer a tosse intensa (paroxismos) voltar de forma temporária.

Atenção

Bebês de até um ano de idade, especialmente aqueles com menos de 6 meses, são mais propensos a desenvolver a forma mais grave da coqueluche, que pode, inclusive, levar à morte. Os sintomas incluem crises intensas de tosse, dificuldade para respirar, sudorese excessiva e vômitos. 

Também podem ocorrer episódios de apneia, parada respiratória, convulsões e desidratação, em decorrência dos vômitos repetidos, bem como infecções de ouvido, pneumonia e lesão cerebral. O cuidado adequado para esses casos exige hospitalização, isolamento, monitoramento contínuo e procedimentos especializados.

Também é necessário ter atenção especial às pessoas com condições clínicas pré-existentes que podem ser agravadas pela coqueluche, como indivíduos imunocomprometidos, pessoas com asma moderada ou grave, entre outros em condições semelhantes.
 
Como a coqueluche é diagnosticada

Como os sintomas iniciais da coqueluche são semelhantes aos de um resfriado ou de outras doenças respiratórias, o diagnóstico pode ser difícil nessa fase. No entanto, a presença de tosse seca persistente pode ser um forte indicativo da infecção. 

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames como a coleta de material de nasofaringe para cultura e o PCR em tempo real. Hemograma e radiografia de tórax podem ser utilizados como exames complementares.
 
Como prevenir 

A maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas ou maiores complicações. No entanto, o ideal é prevenir-se: a vacinação é a principal forma de proteção contra a doença. É importante que a imunização ocorra ainda na infância, até os 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade.

Pessoas que já tiveram coqueluche ou que foram vacinadas podem, eventualmente, apresentar reinfecção. Nesses casos, os quadros clínicos costumam ser brandos e se assemelham a um estado gripal.

 

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