Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Estresse, ansiedade e cansaço podem comprometer reflexo no trânsito

Da Redação

Em 19/05/2025 às 12:03

Além dos riscos ligados à saúde emocional, sinais como irritabilidade, impulsividade, desatenção ou até sintomas psicóticos podem comprometer a condução segura

(Foto: Freepik)

Muito além da direção defensiva, a segurança no trânsito começa com equilíbrio emocional. Sentimentos como estresse, ansiedade e cansaço são riscos invisíveis, mas reais, pois podem comprometer a percepção, o reflexo e o comportamento de quem está ao volante. 

Neste “Maio Amarelo”, campanha que chama atenção para atitudes seguras no trânsito, a psiquiatra Rafaela Caloni, cooperada da Unimed Presidente Prudente, reforça: cuidar da saúde mental é um gesto que salva vidas e deve fazer parte da prevenção de acidentes.

Estados emocionais, sejam passageiros ou persistentes, podem estar por trás de situações evitáveis no trânsito. “A saúde mental impacta diretamente no comportamento das pessoas, independentemente de onde estiverem: em casa, no trânsito, no trabalho”, afirma.

Embora qualquer pessoa possa passar por momentos de instabilidade emocional, alguns perfis são mais vulneráveis a comportamentos de risco ao dirigir. “Geralmente, os transtornos de personalidade instável e os transtornos de impulso impactam muito no trânsito, pois há uma variação muito rápida de comportamento”, explica a psiquiatra.

Independente de transtornos diagnosticados e outras situações, fatores comuns como privação de sono, eventos estressantes e uso de certos medicamentos também aumentam os riscos quando combinados ao volante. “Com a privação de sono, nosso cérebro não tem o mesmo reflexo. Isso eleva a possibilidade de acidentes, principalmente em comparação a pessoas com noites de sono de qualidade e duração adequadas”, esclarece a médica.

O estresse diário, agravado pelo próprio ambiente do trânsito, também pode formar um ciclo perigoso. “Nosso estado mental está interligado, e um fator influencia diretamente o outro. Para quebrar esse ciclo, é importante adotar hábitos saudáveis, como atividade física, psicoterapia, uso de medicamentos (quando necessário), sono adequado e viver em um ambiente de paz”, orienta a psiquiatra.

Outro ponto de atenção são os efeitos colaterais de remédios que afetam o estado de alerta. A especialista destaca que não são apenas os psicotrópicos que interferem na direção: antialérgicos e outros fármacos também podem comprometer a atenção. Consultar o médico sobre os efeitos do medicamento antes de dirigir é fundamental.

Além dos riscos ligados à saúde emocional, sinais como irritabilidade, impulsividade, desatenção ou até sintomas psicóticos podem comprometer a condução segura. Dra. Rafaela reforça: “Ao dirigir, esqueça tudo e apenas foque na direção. Não use o celular, não se envolva em conversas, não pense em tarefas pendentes ou problemas — esteja presente”.

Para a especialista, a saúde mental está diretamente ligada à forma como lidamos com o mundo. “É necessário autocuidado, amor próprio e serenidade para mantermos atenção, paz interior e qualidade de vida no trânsito e fora dele”, conclui.

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