Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Idealizador de arborização urbana cobra planejamento em PP

Rogério Mative

Em 12/06/2019 às 12:39

Perrone cobra informações sobre quantas árvores foram plantadas pela Prefeitura desde 2014

(Foto: Arquivo)

Após a ineficácia da lei que obriga o plantio de uma muda de árvore em cada calçada, o maior projeto de arborização urbana surgiu com uma meta audaciosa: 150 mil plantas enraizadas em poucos anos. Contudo, o "Prudente Mais Verde" foi abandonado e, agora, seu idealizador, o vereador Enio Perrone (PSD), cobra planejamento para 2020 e dados do que já foi executado pela Prefeitura de Presidente Prudente.

Em requerimento de informações aprovado pela Câmara Municipal, nesta semana, o parlamentar solicitou informações sobre quantas árvores foram plantadas pela Prefeitura desde 2014, mês a mês, além da meta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea) para plantio neste ano. "Detalhar as ações, quantificando o número de árvores e especificando os locais que obterão ação direta do município", diz.

"Já entramos no mês de junho do presente exercício fiscal, portanto seis meses do ano fiscal já se passaram e nenhuma ação pontual foi deflagrada para incrementar esse programa", reclama Perrone.

O vereador também questiona sobre os equipamentos doados ao município por uma empresa para a abertura de covas "se estão em funcionamento, em poder da Semea, e qual estado de conservação e uso".

"Este vereador conseguiu através da Cesp [Companhia Energética de São Paulo], em 2014 e 2015, cerca de 150 mil mudas de árvores próprias como doação ao município, visando incrementar o plantio e fortalecer o Programa Prudente Mais Verde", pontua.

Perrone quer saber ainda sobre a aplicação dos recursos destinados por ele em emenda impositiva de R$ 112.879,74 visando implantar definitivamente o Programa “Prudente Mais Verde”. "Encaminhar a relação detalhada dos gastos, com empenhos e demais meios que se deram os pagamentos", pede. Por último, questiona qual o planejamento para o plantio de árvores e o cumprimento da lei para o ano de 2020.

De acordo com ele, existe uma 'ineficiência administrativa' no cumprimento da lei que instituiu o programa na cidade. "Entre 2014 e 2016 o programa conseguiu, mesmo com dificuldades, plantar milhares e milhares de árvores na cidade. De 2017 até 2019, infelizmente, se limita o município a doação de árvores a munícipes", enfatiza.

"As ações para que a cidade obtenha de fato um cinturão verde está longe de ocorrer, diante da falta de interesse de se investir em meio ambiente e permitir uma cidade bem arborizada", finaliza.

Com cortes, o último plantio

Na cidade, o último plantio de mudas foi realizado no domingo (9), ao longo da Avenida Manoel Goulart, entre o Posto Prudentão e o trevo do Jardim Monte Alto, no sentido centro - Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em uma extensão de 330 metros.

Porém, na semana que comemorou o Dia do Meio Ambiente, antes do plantio, a Prefeitura cortou cerca de cinco árvores no local. Segundo a Prefeitura, a Semea realiza a substituição da espécie Leucena, considerada invasiva e principal causa de perda de biodiversidade por espécies nativas como o Ipê.

Foto: Rogério Mative


"Neste trecho, existem 13 árvores de Leucenas de diferentes portes, sufocando as mudas de Ipês que ali foram plantadas, de acordo com relatório da Semea. Essas árvores espécie Leucena estão sendo substituídas por outras 175 árvores nativas", garante.

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