Inverno exige cuidados extras para prevenir doenças cardiovasculares e respiratórias

O inverno começou oficialmente e vai até 22 de setembro, quando entra a primavera. Apesar de Presidente Prudente não ter um inverno rigoroso, a cidade e região tem momentos com baixas temperaturas, o que demanda alguns cuidados especiais com a saúde. 

Conforme o Dr. Fábio Rosseto, cardiologista e cooperado da Unimed Presidente Prudente, o inverno é um período em que tem até 30% de aumento da incidência de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral), o popular derrame.

“Isso já é bem estudado e bem documentado, e pode acontecer porque os vasos sanguíneos se contraem, forçando o coração a trabalhar mais e, esse esforço do coração, quando a pessoa já tem outros fatores de risco, como hipertensão crônica, diabetes, dislipidemia, que é o colesterol e triglicérides, que são as gorduras no sangue, ou tem mau hábito do tabagismo, é uma pessoa sedentária, ou ela padece de um estresse crônico, essa pessoa pode vir a sofrer um infarto ou um AVC por causa disso”, explica.

Mesmo a região não tendo um inverno rigoroso, com as manhãs e noites frias e a tarde com temperaturas mais altas, é preciso atenção em algumas atitudes do dia a dia. “Nós acabamos ficando mais suscetíveis quando tem o choque térmico. Por exemplo, você sai do banho quente e coloca o pé num chão gelado. Isso vai ativar reflexos e também vai fazer a vasoconstrição que a gente mencionou. Aí, às vezes, você tá lá com o nariz entupido, com dor de cabeça, e, enfim, a gente não associa, não liga uma coisa à outra”, relata o médico cooperado da Unimed.

De acordo com o cardiologista, é interessante evitar os extremos, seja de frio ou de calor, especialmente considerando que nossa região tem mudanças drásticas de temperatura ao longo do dia.

Com o inverno também vem a propagação de doenças virais associadas às vias respiratórias. Essa alta incidência de doenças é favorecida pela baixa umidade do ar, comum nessa época do ano que costuma ser de seca. “A gente tem circulando H1N1, Covid, vírus sincicial respiratório em criança e influenza. E nessa época pode ocorrer uma sucessão de doenças, ou seja, a gente contrai uma doença, melhora, e contrai outra na sequência”, conta Rosseto.

Prevenção

Como prevenção, o médico aconselha que as pessoas se agasalhem bem, principalmente as extremidades, com o uso de touca, luvas e meias, para manter a temperatura corporal. No inverno, é comum que as pessoas diminuam a ingestão de líquido, mas é extremamente importante manter a hidratação do corpo. “A baixa hidratação aumenta a viscosidade sanguínea e pode também ser um fator adicional para infarto e AVC”, explica.

O cooperado da Unimed Prudente também chama a atenção para a importância das vacinas para as doenças respiratórias. “A gente sabe que um corpo com uma doença viral acaba ficando inflamado e isso também pode aumentar o número desses eventos que a gente já mencionou”, reforça. Outra orientação é evitar atividades físicas ao ar livre com temperatura abaixo de 14 graus. “Pode fazer atividade, mas ao ar livre é melhor evitar quando abaixo de 14 graus”.

Para as pessoas que têm fatores de risco, Dr. Rosseto ainda destaca a necessidade de manter o uso correto de medicamentos contínuos. “Evite ambientes extremamente frios, se agasalhe bem e evite refeições pesadas, principalmente à noite. Hidratação é extremamente importante, assim com o a vacinação contra doenças respiratórias”, orienta.

“Se você sentir que tem algo de diferente acontecendo com o seu corpo e você não está familiarizado, seja uma dor, uma dormência, qualquer sintoma ou sinal de alerta, procure um médico, um Pronto-socorro, ele vai poder te ajudar, ele vai poder te esclarecer, ele vai poder te investigar e evitar que algo simples pode se tornar algo complicado e ceifar, às vezes, a pessoa do convívio, familiar”, alerta.