Proposta foi rejeitada em 2019; prédio vale R$ 4,7 milhões
Rogério Mative
Em 29/01/2020 às 19:50
Esta é a segunda tentativa de venda do imóvel, que está localizado em área valorizada de Prudente
(Foto: Reprodução/Google Maps)
Três dias antes de devolver o bastão para Nelson Bugalho (PSDB), o prefeito em exercício, Douglas Kato (PTB), decidiu ressuscitar o projeto de lei que coloca à venda o prédio da Escola Municipal Edson Lopes, na Vila Formosa. Com o imóvel avaliado em R$ 4,7 milhões, a justificativa é a mesma: desafogar as finanças da Prefeitura de Presidente Prudente e fechar o ano sem dívidas.
O projeto de lei complementar n° 01/20 foi protocolado pelo Executivo na tarde desta quarta-feira (29). A proposta pede autorização dos vereadores para que o imóvel seja vendido pela Prefeitura.
"Pelas características do local e o desenvolvimento de outros planejamentos, decidiu-se pela venda do imóvel que abrigava a escola e encontra-se desocupado", diz Kato, em justificativa enviada à Câmara Municipal.
O prédio abrigava, até 2019, a Escola Municipal Edson Lopes, que foi desativada por Bugalho. As crianças, com idade entre 2 a 4 anos, foram remanejadas para a unidade Maria Aparecida Alves, que passou por reformas.
Área valorizada
Esta é a segunda tentativa de venda do imóvel, que está localizado em área valorizada de Prudente. O prédio que fica na Avenida Brasil, 2.843, Vila Formosa, está avaliado em R$ 4,7 milhões.
O laudo de avaliação do prédio realizado em junho do ano passado foi utilizado novamente no novo projeto.
O terreno tem 4.928 metros quadrados, com 2.054 metros quadrados de área construída classificado como de "médio potencial de comercialização".
O valor do metro quadrado avaliado no bairro, em média, ficou em R$ 736,08.
"Dificuldades que estão por vir"
Desta vez, ao invés de destinar o valor para a Prudenprev - sistema previdenciário dos servidores municipais -, a Prefeitura argumenta que a venda do imóvel pode "incrementar a arrecadação municipal".
"De forma a ajudar e enfrentar as dificuldades atuais existentes, já de conhecimento desta Casa, como baixa de arrecadação de tributos, diminuição de repasses dos governos federal e estadual e outras dificuldades existentes e que estão por vir no exercício que se inicia", pontua Kato.
Rejeitado pela maioria no ano passado
Em outubro, o Legislativo rejeitou a ideia de Bugalho em vender a escola. Na ocasião, foram apenas cinco votos favoráveis: Alba Lucena, Elza do Gás e José Tabosa, todos do PTB, além de Wellington Bozo (PSDB, líder) e Geraldo de Souza (PSD).
Desta vez, a base governista deve encolher ainda mais, sem apoio do PTB após o deputado Campos Machado puxar as rédeas do partido em Prudente.
Conforme apuração do Portal, Bugalho teria, hoje, apenas três votos - sendo um sem convicção absoluta - na tentativa de emplacar a proposta.
O projeto será discutido no retorno do Legislativo em sessão ordinária marcada para a próxima segunda-feira (3).
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