Nutricionista destaca importância de hábitos alimentares para prevenção de doenças

Adotar uma alimentação saudável e nutritiva no cotidiano é essencial para manter uma boa qualidade de vida e prevenir doenças, inclusive as crônicas. Esse hábito é importante em qualquer fase da vida, mas requer atenção redobrada na terceira idade, garantindo que essa etapa seja vivida plenamente. No Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta segunda-feira (7), a especialista em gerontologia, a nutricionista Carolina Morita destaca que a data reforça a importância dos cuidados diários com a saúde. 

“É um dia para repensar se estamos cuidando da nossa saúde de forma integral e preventiva, pensando no futuro, ou apenas indo às consultas de rotina por hábito ou tratando doenças que não prevenimos”, comenta a profissional  do Programa de Medicina Preventiva da Unimed Presidente Prudente.

Para um envelhecimento saudável, “o básico funciona”, conforme explica a nutricionista. “Podemos citar a regra dos cinco: comer 2 porções de legumes e verduras, que seriam a nossa salada e refogados do almoço e jantar, e 3 porções de frutas ao longo do dia, além de priorizar alimentos in natura, sem esquecer do consumo de água”, orienta a especialista, ressaltando a importância de evitar frituras, produtos industrializados e temperos prontos.

Mas será que preciso comer apenas isso? Não. A nutricionista explica que um sorvete com a família ou um fim de semana com pizza são perfeitamente aceitáveis. "Esses alimentos também fazem parte de uma alimentação saudável, desde que não se tornem rotina. Em um final de semana com amigos ou reunião familiar, não há problema em consumir esses alimentos, mas é importante não exagerar e não tornar o consumo frequente", orienta.

"Que o alimento seja teu remédio, e que o remédio seja teu alimento", disse Hipócrates, médico da Grécia Antiga, considerado o pai da medicina. Ao citar essa frase, Morita destaca que a alimentação saudável “tem o poder de controlar doenças crônicas, promover conforto, reduzir sintomas e alguns efeitos colaterais de tratamentos e medicações, em pessoas de todas as idades”.

A nutricionista também convida à reflexão: “O que estou comendo hoje me ajudará a prevenir doenças futuras ou acelerará seu desenvolvimento?”

Após o envelhecimento, as famílias podem contribuir incentivando bons hábitos. A paciência é fundamental, especialmente quando o idoso enfrenta demências. “É importante oferecer comida e água várias vezes, repetir os motivos para se alimentar, ouvir as queixas, respeitar os limites e individualidade de cada um, e, principalmente, tratá-los como adultos, proporcionando, sempre que possível e seguro, autonomia e independência para gerir a vida”, orienta Morita.

Incluir uma alimentação saudável no dia a dia pode ser simples e descomplicado com interesse, organização e escolhas conscientes. “A saúde é uma escolha e, como toda escolha, traz consequências. Neste caso, a prevenção é a melhor opção a longo prazo, afinal, todos vamos envelhecer, mas alguns com mais vitalidade, aproveitando a vida, enquanto outros apenas envelhecem e sobrevivem”, conclui a nutricionista.