ROGÉRIO MATIVE
Em 10/12/2020 às 12:21
Imagem em destaque
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Após o prefeito Nelson Bugalho (PSDB) alegar a necessidade de estudar os documentos que embasaram o relatório final pedindo as exonerações do secretário municipal de Mobilidade Urbana Adauto Lucio Cardoso, e seu assessor, José Wilmar Ferreira Lima, a Câmara Municipal de Presidente Prudente enviou todos os arquivos de forma digitalizada, incluindo áudios dos depoimentos das testemunhas ouvidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público.
A remessa foi protocolada como recebida na manhã desta quinta-feira (10), com assinatura do chefe de Gabinete Francisco Batista Leopoldo Júnior.
Os documentos foram entregues digitalizados em um pen-drive. São mais de 12 mil folhas, além de áudios.
Também pediu quebra de contrato
Além das exonerações por ineficiência, a Câmara Municipal aprovou ainda, por unanimidade, a quebra imediata de contrato com a concessionária Prudente Urbano diante de 13 principais irregularidades encontradas na prestação do serviço.
Entre os problemas constatados pela CPI estão atrasos e quebras de ônibus; limpeza inadequada; funilaria avariada; catracas danificadas; má conservação dos pontos de embarque; falta de educação de motorista com passageiros; assentos dos veículos rasgados; pneus carecas.
Também foram elencados extintores de incêndio vencidos ou avariados; comunicação deficitária aos usuários; ausência de revisão e fiscalização na forma do cálculo do valor da tarifa; descumprimento de atos normativos durante a pandemia, como lotação de ônibus e diminuição drástica de linhas; e, por último, média de idade da frota maior que a estabelecida em contrato.
Investigado pela polícia
Na semana passada, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o assessor adjunto da Semob, José Wilmar Ferreira Lima por possível crime inscrito no artigo 342, do Código Penal.
O artigo diz: "fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral".
E agora?
Orientado pelo setor jurídico da Prefeitura, Bugalho não apontou prazo para analisar os documentos e se posicionar sobre o pedido da CPI.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Portal Prudentino.