ROGÉRIO MATIVE
Em 28/04/2020 às 06:59
Cerca de 70 funcionários escalados cruzaram os braços; nenhum ônibus deixou a garagem
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Sem uma palavra como sinal de abertura de negociação, funcionários da concessionária Prudente Urbano tiveram como acalento duas garrafas de café para enfrentar as primeiras horas frias desta terça-feira (28) em frente à garagem. Sem nenhum ônibus circulando, a população prudentina ficou a pé.
Conforme antecipou o Portal, a categoria decidiu entrar em greve após a empresa reduzir de R$ 500 para apenas R$ 150 o vale-alimentação pago mensalmente, deixando os funcionários à deriva.
Sem faixas ou caixas de som, cerca de 70 trabalhadores da Prudente Urbano estão de braços cruzados em frente a sede da empresa. O grupo estava escalado para operar as poucas linhas que ainda seguem ativas na cidade durante a quarentena.
Os primeiros ônibus deixariam a garagem por volta das 5h15, com destino ao João Domingos Netto - saindo do ponto final do Ana Jacinta -, e Rodoviária, partindo do Distrito de Montalvão. Contudo, não foi ouvindo nenhum barulho de motor funcionando.
Sem diálogo
De acordo com o diretor do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Prudente e Região, Ozanir Gomes, a empresa não demonstrou interesse em negociar. "Até agora, nada. A paralisação é de 100%. Nenhum ônibus saiu. Estamos aguardando uma posição da empresa", afirma.
Como precaução, ele adianta que a concentração de funcionários é feita com apenas os escalados para esta terça-feira. Todos usam máscaras de proteção, com distanciamento entre os participantes.
"O sindicato trouxe álcool em gel e máscaras para todos. Não é permitida aglomeração. Pedimos para que os demais funcionários que não fossem trabalhar hoje ficassem em casa", pontua.
Com duas viaturas, a Polícia Militar acompanha a manifestação pacífica. Da garagem, até o momento, apenas um veículo saiu para buscar o segurança que fará o próximo turno.
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