'Terão que passar por cima de nós', diz representante de boxistas

Acuados após avalanche de decisões judiciais, boxistas do Camelódromo da Praça da Bandeira resolveram pressionar o prefeito Nelson Bugalho (PSDB) em busca de alternativas para deixar o local enquanto a reforma é realizada. Na manhã desta sexta-feira (27), os comerciantes realizaram um protesto em frente à Prefeitura de Presidente Prudente. "Terão que passar por cima de nós", afirma o presidente da Associação do Novo Shopping Popular, Ataíde Baranek.

Com cartazes de "Bugalho não é prefeito" e "Bugalho não é promotor", cerca de 100 pessoas caminharam do Camelódromo, atravessando pelo Calçadão da Maffei, até a Prefeitura. Com carro de som e acompanhados por agentes de trânsito e Polícia Militar, os boxistas protestaram contra a saída imposta pela Justiça marcada para o dia 4 de janeiro.

Contra a operação de despejo costurada pela Prefeitura na tarde de quinta-feira (26), Baranek diz que os comerciantes mostrarão resistência de forma pacífica. "Nós vamos resistir e não vamos sair. Vamos abraçar de força pacífica o Camelódromo. Convocamos a população para nos ajudar", falou, em entrevista ao repórter Cláudio Moreno, durante o programa Patrulha Comercial na Rádio Comercial AM.

"O prefeito quer destruir o camelódromo e nós não vamos deixar. Essa retirada é autoritária Não tem uma pessoa lá que não esteja sofrendo com isso. Muitos com pressão alta, não conseguem dormir e outros entraram em depressão. É um absurdo o que está acontecendo", reclamou.

Segundo ele, o protesto foi a forma encontrada para sensibilizar autoridades e população. "Esse manifesto é para sensibilizar deputados, população e juízes. Que o prefeito possa ouvir os vereadores e ele possa fazer a reforma parcial. Mostramos um projeto dizendo que a reforma pode ser parcial", frisou.

Baranek insiste no uso da Praça dos Pioneiros, ao lado da Rodoviária, de forma provisória até que seja finalizada a reforma do Camelódromo. "Queremos em frente ao Poupatempo durante a reforma. Já colocamos que não iremos [estacionamento do Estádio Caetano Peretti]", adiantou.

"Vamos ficar lá, não vamos brigar com polícia, mas faremos uma corrente. De forma alguma sairemos de lá. Terão que passar por cima de nós".