Uepp quer intervenção coletiva por novo terminal no aeroporto de Prudente

Inconformada com o modelo adotado pelo Governo do Estado de São Paulo na oferta de concessão, a União das Entidades de Presidente Prudente e Região (Uepp) quer uma intervenção coletiva envolvendo três Câmaras Municipais por uma reforma "ampla" do Aeroporto Adhemar de Barros.

Para tal, protocolou ofícios nos Legislativos de Prudente, Presidente Epitácio e Presidente Venceslau. "Necessitamos de concentração de esforços e atuação para que haja alteração no modelo do edital que será publicado em breve, especialmente para a necessária construção do novo terminal/saguão no espaço doado pelo município [de Presidente Prudente] ao governo estadual, esteja contempladas como cláusula obrigacional da futura concessão", explica o presidente da entidade, Renato Mungo.

Ele destaca a média anual de 360 mil passageiros, dentre diversos voos diários com ligação aos principais aeroportos do Brasil. "E mesmo diante dos assolados da pandemia, o Aeroporto de Prudente permanece como um dos maiores movimentos do interior", diz.

"Ao longo dos anos, foram feitas adequações para que este aeroporto pudesse operar como um intermodal, projeto previsto para a construção de uma nova sede da Delegacia da Receita Federal, cuja competência regional, atrai um posto de alfândega, um depósito de mercadorias apreendidas e um porto seco, em uma área doada com 49 mil metros quadrados", cita.

Doação de terreno

No ano passado, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei autorizando a Prefeitura a doar uma área de 249 mil metros quadrados ao Estado visando, exclusivamente, a edificação de um nova área de embarque, anexo à Receita Federal.

"No entanto, o modelo de contrapartidas da concessão não previu a necessidade da edificação do novo prédio, podendo, inclusive, vir a frustrar o planejamento [em andamento] da RFB sob o explanado porto seco", ressalta.

Por fim, Mungo destaca que já foram realizadas diversas reuniões com os técnicos responsáveis pela concessão à iniciativa privada, porém, em recente resposta, foi negada a possibilidade de constar no modelo de edital a obrigatoriedade da nova edificação, indicando que será ignorada a possibilidade de novos investimentos no aeroporto prudentino.