Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Com maior barragem do Brasil, Usina de Porto Primavera completa 25 anos

Da Redação

Em 26/02/2024 às 19:56

Enchimento do lago causou a morte de milhares de animais na época

(Foto: Cedida/AI)

Neste mês, a Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, mais conhecida como UHE Porto Primavera, distrito de Rosana, completa 25 anos de funcionamento. Localizada no Rio Paraná, na divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a unidade representou um marco na história do setor energético brasileiro, sendo a maior hidrelétrica do país em extensão de barragem, com 10,2 km. Do outro lado, a obra também causou grandes prejuízos à fauna e a flora da região do Pontal do Paranapanema.

A usina foi inaugurada em 1999, quando três das 14 unidades geradoras entraram em operação. Com capacidade instalada de 1.540 MW, suficiente para abastecer um complexo urbano como a Região Metropolitana de Campinas, com mais de 3 milhões de habitantes, contribui para a segurança energética do país por meio da geração de energia limpa e de fonte renovável.
 
Após privatização da Cesp, em 2018, a UHE Porto Primavera iniciou um processo de modernização. No ano passado, gerou 922,4 MW médios, o que corresponde a um aumento de 19,6% em comparação ao ano anterior (771 MW).

Complexo de Pesquisas e Inovação

No local, existe um complexo de energias renováveis alternativas inclui usinas solares e a primeira usina termossolar do Brasil. Este último, um projeto piloto de 0,5 MW, gera energia utilizando o calor solar armazenado, similar às termelétricas, mas sem combustíveis fósseis, abastecendo cerca de 360 casas de forma sustentável.

Desastre ambiental

Entre os programas para o desenvolvimento sustentável em percurso, estão: ações de monitoramento da fauna e da flora, monitoramento da qualidade da água e dos peixes, reflorestamento e Fomento Florestal para a doação de mudas nativas a ONGs, pequenos produtores e outras instituições.

As ações são parte da compensação ambiental imposta pela instalação da usina e enchimento do lago de 220 mil hectares (o equivalente a 300 mil campos de futebol), que aumentou em nove vezes o leito do Rio Paraná.

A inundanção permanente causou a morte de milhares de animais na época.  O varjão era habitat de ao menos 14 espécies de animais em extinção, como a onça-pintada, o jacaré-de-papo-amarelo e o nhambu-guaçu.

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