Da Redação
Em 07/04/2011 às 17:39
Plantação de urucum em assentamento
(Foto: Cedida/Itesp)
A cultura de urucum – já em crescimento na região do Pontal do
Paranapanema – está prestes a ganhar ainda mais impulso. No último dia 28 de
março, no assentamento Santa Rita I, no município de Tupi Paulista, a cultura
dessa sementinha vermelha foi tema de palestra ministrada por Plínio Péricles
Mansim, diretor de suprimentos da empresa multinacional Christian Hansen,
fabricante de corantes naturais (unidade Valinhos).
Entre os temas abordados, estiveram a importância da região na
preferência da empresa, pela qualidade da matéria-prima e logística; a
necessidade de expansão da cultura na região para diminuir a aquisição da
produção da região de Rondônia; e a possibilidade de instalação de uma unidade
industrial para extração da tinta do urucum na região.
Além dos agricultores assentados, estiveram presentes o
secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Tupi Paulista, João Zambom Filho;
Antonio Neves, representante da empresa Urucum do Brasil S/A, responsável pela
compra da matéria-prima para a Christian Hansen; e Luiz Carlos Possato, do
Grupo Técnico de Campo (GTC) de Presidente Venceslau, representando a Fundação
Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).
Foi no ano 2000 que os produtores rurais do assentamento Santa
Rita I resolveram dar início ao plantio de urucum – também conhecido como
colorau – iniciativa que mostrou-se logo bem-sucedida.
Segundo Possato, do Itesp, a localização do assentamento é
estratégica, pois está próxima de grandes áreas de plantio na região. O clima e
o solo propício favorecem a cultura tanto na produtividade quanto no teor de
bixina (tinta extraída do grão) que gira em torno de 5% e 6% - sementes de
urucum com teores de bixina acima de 2,5% são consideradas de primeira
qualidade.
Como consequência disso, ocorreu expansão no plantio, sendo que
nos últimos três anos a área plantada aumentou de 184 para 251 hectares.
Seguindo esse avanço, a produção pulou de 80 para 200 toneladas/safra. Embora o
preço do produto esteja estabilizado, os altos índices de produtividade e o bom
teor de bixina favorecem a exploração da cultura, gerando boa rentabilidade e
absorvendo toda a mão-de-obra familiar, sendo necessária inclusive a
contratação de mão-de-obra externa.
