Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Projeto promete restaurar 1 mil hectares de Mata Atlântica no Oeste Paulista

Da Redação

Em 21/09/2024 às 02:00

Ação foi lançada com o plantio simbólico de cerca de 400 mudas nativas na região da Lagoa São Paulo, que integra a foz do Rio do Peixe

(Foto: Cedida/AI)

Dentro de cinco anos, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) promete restaurar 1 mil hectares de Mata Atlântica nas áreas de influência da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta no Oeste Paulista. A usina está localizada no Distrito de Porto Primavera, em Rosana. 

A iniciativa faz parte das metas de longo prazo da Auren Energia, companhia da qual a Cesp é subsidiária. O lançamento oficial da ação de restauração ambiental foi realizado com a participação de cerca de 40 crianças da Escola Estadual Shiguetoshi Yoshihara, do bairro Campinal, município de Presidente Epitácio. 

Na ocasião, os alunos participaram ativamente do plantio simbólico de cerca de 400 mudas nativas na região da Lagoa São Paulo, que integra a foz do Rio do Peixe. 

De acordo com Jarbas Amaro, gerente de Sustentabilidade e Operações da empresa, a ação busca promover a conservação da biodiversidade na região e de combater as mudanças climáticas, além de incentivar a conscientização ambiental e criar laços das futuras gerações com as florestas.

“Estamos plantando as primeiras das milhares de mudas que virão posteriormente, para promover a restauração de mil hectares de Mata Atlântica na região. Além do plantio também serão utilizadas outras técnicas de restauração florestal como “muvuca”, que consiste no lançamento de sementes no solo, instalação de estruturas para facilitar o aporte de sementes por aves, dentre outras técnicas. Este trabalho deve se manter nos próximos cinco anos e que esperamos que sensibilize outras pessoas. Ao envolvermos alunos que integram o nosso Programa de Educação Ambiental, estamos contribuindo para que, no futuro, essas crianças também atuem para conservar a nossa biodiversidade”, ressalta Jarbas Amaro.

A meta audaciosa visa proteger um dos mais importantes biomas brasileiros e, paralelamente, um dos mais ameaçados. “Esta meta voluntária vem ao encontro de uma série de programas já consolidados da empresa visando a conservação da biodiversidade e de diferentes biomas nas regiões onde a empresa mantém operações. A Mata Atlântica possui hoje apenas 24% das suas florestas originais, sendo somente 12,4% delas maduras e preservadas. Nosso objetivo é contribuir para reverter este quadro e contribuir para a preservação desse bioma brasileiro essencial para 72% da população brasileira, que vive em seu território”, destaca.

A restauração florestal será realizada em áreas de influência do Parque Estadual do Rio do Peixe, criado pela Cesp em 2002, como forma de compensação pela instalação hidrelétrica. A unidade de conservação conta com uma área de 7,7 mil hectares e se estende pelos municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi.

A escolha pela área também visa promover a conservação de espécies de animais silvestres ameaçadas de extinção e fomentar corredores ecológicos para a biodiversidade. Em uma região conhecida como “Pantaninho Paulista”, por conta do ecossistema de várzeas do Rio do Peixe, afluente do rio Paraná, a unidade de conservação é um dos últimos locais onde ainda é encontrado o cervo-do-pantanal (maior veado da América Latina) no Estado de São Paulo.

Viveiro de Mudas

Atualmente, a Cesp possui uma área de mais de 65 mil hectares de áreas de preservação ambiental na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. As mudas utilizadas nas ações de reflorestamento são produzidas no Horto Florestal da companhia.

Situado no município de Rosana, o horto é um dos maiores viveiros de mudas nativas da região, com capacidade para até 1 milhão de mudas dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, destinadas exclusivamente para ações de reflorestamento, seja em iniciativas próprias ou de parceiros. 

A companhia possui também o Programa Fomento Florestal, que visa incentivar a restauração ambiental em áreas degradadas de forma voluntárias por proprietários rurais vizinhos e instituições não-governamentais.

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