Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Escritor aborda "modismos" em novo artigo

*João Bosco Leal

Em 04/02/2014 às 14:34

 As modas vão e voltam diversas vezes durante uma geração e quando se fala em vestimentas femininas, as minissaias e os shorts são exemplos disso. As "peruas", que não se satisfazem com os modelos da moda e, para se sobressaírem, utilizam das vestimentas e acessórios mais chamativos possíveis, também sempre existiram e existirão.

Sentado em uma praça de alimentação de um shopping pensei sobre o assunto e comecei a observar quem por lá passava.

Uma senhora bastante obesa, usava uma calça com as malhas da estampa enormes, imitando uma pele de onça gigante, blusa branca de renda totalmente transparente, que deixava transparecer o sutiã da mesma cor do sapato vermelho de salto enorme e óculos de sol com grandes círculos nas laterais, onde se lia a marca "Prada".

Um casal de jovens adolescentes loiros, usando botinas de cadarços e meias três quartos, bermudas até o meio das canelas, com cabelos em cachos, como que prensados em blocos, tipo rastafári e as roupas amassadas, rasgadas, parecendo tão sujas quanto os cabelos, causavam a impressão de serem andarilhos que não tomavam banho há tempos.

As já quase centenárias calças jeans ganharam versões antes inimagináveis, como as de cintura tão baixa que praticamente só não deixam à mostra os pelos pubianos porque na moda atual eles praticamente inexistem, ou as que já saem das fábricas rasgadas e que, exatamente por já estarem semidestruídas, custam mais caro que as inteiras.

Calças, sapatos e botas imitando a pele de onça, jacaré, jiboia, cascavel ou qualquer outra cobra e outros que, além disso, têm sobre elas adereços com pedras, são vistas em grande quantidade.

Os calçados são de uma variedade incalculável de modelos, cores e materiais. As solas de couro, borracha ou plataformas de cortiças são as mais comuns, mas há muitas outras. As partes superiores utilizam esses mesmos produtos ou tecidos, de diversas cores e estampas.

Os saltos são tão altos que fica difícil acreditar serem confortáveis e que não provocam muitas dores nas pernas ao final dos dias. Alguns precisam ser fixados acima dos tornozelos, pois os pés que os utilizam ficam em posição tão vertical que não são suficientes para sua fixação.

Os esmaltes agora pintam de cor diferente cada um dos dedos das mãos. Um senhor com mais de sessenta anos passeava com os cabelos pintados com reflexos multicoloridos e de rabinho preso.  

Rapazes utilizando bonés com as abas invertidas, viradas para trás, circulam em grande quantidade. Um deles, além desse boné, usava óculos escuros vermelhos, camisa verde limão, tênis cor de rosa.

Muitas pessoas utilizam piercings, com tamanhos, formatos e cores distintos, aplicados em diversos locais do corpo, mas os alargadores dos lóbulos das orelhas também já são vistos com bastante frequência e com diâmetros cada vez maiores.

Todas essas pessoas chamam a atenção pela extravagância, pela coragem de usar o diferente, mas não por estarem bonitas ou bem arrumadas. As que me chamaram a atenção pelo bom gosto, foram as que estavam vestidas de maneira mais discreta possível, calça jeans, camisas ou camisetas de cores neutras, sapatos sem salto e com raríssimos adereços como colares e pulseiras.

A simplicidade sempre estará na moda e se destacará, em todas as ocasiões e gerações.

*João Bosco Leal é jornalista e empresário

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