LIBERDADE
DE EXPRESSÃO OU ABERRAÇÃO?
Embora tenham conhecimento da justiça de Deus [que são
dignos de morte os que tais coisas praticam] não somente as fazem, mas também
aprovam os que as praticam. (Romanos
1:32)
Em
nome da liberdade de expressão somos testemunhas de movimentos sistematizados
que se conflitam com princípios éticos e colocam em risco o bem estar do ser
humano. Nosso país, ainda em desenvolvimento, que não consegue preservar os
direitos humanos básicos, vê em suas ruas bandeiras levantadas em favor do uso
da “maconha”. Até mesmo aqueles que tiveram em suas mãos o poder para melhorar
as condições de vida de nosso povo – e não fizeram – hoje, empunham em suas
mãos a bandeira da “maconha”.
Cada
um é responsável pelos seus atos, isso é uma verdade! Porém, a responsabilidade
individual não atua sozinha e/ou isolada, está agregada a outros níveis de
responsabilidade. Só para exemplificar: um cidadão quando dirige o seu carro
não exerce apenas a responsabilidade individual. À sua volta há crianças,
idosos, movimento de pessoas. Se no bom e perfeito juízo temos um problema
caótico no trânsito, imagine você uma pessoa dominada pelo uso da “maconha”?
Parece-me
que estão tentando nos convencer do uso da “maconha” porque são incompetentes
para resolver essa questão. Liberá-la é a melhor maneira para fazer de conta
que os graves problemas provocados por ela não apareçam.
Há
pouco tempo atrás, o cigarro era divulgado pela mídia como a melhor alternativa
de saúde e conquistas. A imagem de pessoas bonitas e corpos bem cuidados
estavam associados ao uso do cigarro. Hoje, gasta-se bilhões para tentar tirar
o vício das pessoas, eliminar as consequências na vida de jovens, tratar o
câncer nos hospitais públicos e, mesmo assim, é uma briga quase que perdida.
Qualquer tipo de vício, por mais que não pareça, será sempre danoso na vida das
pessoas.
A Palavra
de Deus traz uma advertência para todos nós. O texto escrito pelo Apóstolo
Paulo nos diz: “…Como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus… E
mudaram a glória do Deus incorruptível… Mudaram a verdade de Deus em mentira…
Ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem coisas
inconvenientes…”.
Percebemos
no texto sagrado que as atitudes humanas são consequências da falta de
consciência de um caminho sobremodo excelente. Uma decisão equivocada
compromete uma vida toda.
Travamos
uma luta dificil contra o mundo. Não queremos ver os nossos filhos sugados pela
violência e pelos vícios. Não queremos ver os nossos filhos escravizados pelas
drogas e sujeitados à miséria oferecida pelos traficantes de plantão. Não
queremos ver os nossos filhos esmolando um “cigarro de maconha”
desesperados para saciar seu desejo. Não queremos ver nossos filhos vivendo
para manterem seus vícios e sustentando um mundo inconsequente e irresponsável.
A
bandeira que empunho diariamente é aquela que sinaliza aos jovens uma
alternativa de vida longe dos vícios e da violência. Incansavelmente trabalho
para ajudar aqueles que não querem mais permanecer no vício e não conseguem.
Diariamente deparo com situações de uma vida miserável e sofredora. Mães
que trazem no rosto marcas indeléveis de um sofrimento incomparável.
Todos
os dias empunho a minha bandeira e sinalizo às pessoas um caminho sobremodo
excelente. Um caminho capaz de mudar o curso da história. Todos os dias
perambula no vento a bandeira da gratidão, da paz, da vida, e do amor
incondicional.
Enquanto
nos organizamos voluntariamente em torno de uma mesa comum, na qual o pão
oferecido é aquele cujos princípios norteiam a vida; outros empunham suas armas
para invadir nossas casas e destruir a nossa herança em nome da liberdade. Não
podemos nos calar frente à tamanha calamidade! Muito menos nos esconder como se
o problema também não fosse nosso.
Houve
um tempo na história do povo de Deus em que os problemas eram graves. O povo
havia se corrompido e multiplicado a perversidade. A situação parecia
incontrolável. Josué, servo de Deus, substituto de Moisés, dirige-se ao povo e
os desafia à uma decisão: “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a
quem sirvais”.
No
mundo de hoje, resguardadas as proporções, os problemas também são muito
graves. O povo, em seus vários segmentos, também se corrompeu, e multiplicou-se
muito a perversidade. A situação parece incontrolável. O desafio de Josué é
muito atual e providencial. “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje
a quem sirvais”. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Não
podemos mudar o propósito de Deus para as nossas vidas. Não podemos permitir
que a mentira e o engano sejam tidos como verdade. Não podemos permitir que a
glória de Deus seja banalizada por um mundo relativizado, cujos valores e princípios
são totalmente corrompidos. Não podemos consentir com essa aberração em nome da
liberdade de expressão. Somos contra a liberação da “maconha”!
(*) Rev. Lindolfo de Oliveira Neto é pastor titular da Igreja Metodista em Presidente Prudente