Da Folha
Em 30/03/2011 às 13:37
(Foto: Divulgação/Alesp)
Por 92 votos a favor e dois contra, os deputados estaduais aprovaram nessa terça-feira (29),
sem alarde, o projeto que dobra o número de assessores que podem ser contratados
por seus gabinetes.
A medida poderá ter um impacto de até R$ 11,2 milhões nos gastos da
Assembleia Legislativa só com auxílio-alimentação e refeição, por exemplo, sem
levar em conta as despesas com adicionais por férias e 13º.
O projeto foi aprovado na noite de ontem, em votação simbólica, ao lado de
outras duas propostas, essas vinculadas ao chamado salário mínimo paulista.
Só foram contrários à proposta os deputados Major Olímpio (PDT) e Carlos
Giannazi (PSOL). A bancada petista --a maior da Casa-- foi uma principais
articuladoras da aprovação da proposta.
O projeto seguirá para a sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Há uma
expectativa de que ele o ignore, para evitar desgastes políticos. Após 15 dias
sem apreciação, a proposta retornará para a Assembleia que fará a chamada
"autossanção".
Com isso, os deputados evitariam que o governador passe pelo embaraço de
chancelar o aumento no número de servidores comissionados. Um dos compromissos
de Alckmin é baratear o custeio da máquina pública.
"Eu gostaria muito que o Alckmin vetasse a proposta, embora ache que ele não
o fará. Seria a primeira vez que eu estaria isolado ao lado do governador, e que
a Assembleia teria uma atitude de independência, derrubando o veto dele",
ironizou o deputado Major Olímpio.
Com a nova regra, os deputados poderão contratar até 32 assessores, nomeados
sem concurso público. Hoje é permitida a contratação de, no máximo, 16.
"Enquanto o governo federal determinou um corte de R$ 50 bilhões e o Alckmin
pediu uma revisão dos gastos, nós estamos dizendo 'dane-se'", afirmou o
pedetista.
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