Agência Brasil
Em 17/02/2011 às 08:07
Sessão de votação do projeto de lei que reajusta o salário mínimo para R$ 545
(Foto: Renato Araujo/ABr)
A Câmara dos Deputados aprovou no fim da noite desta quarta-feira (16) o projeto
de lei do Poder Executivo que reajusta o salário mínimo para R$ 545 e estabelece
as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo a vigorar entre
2012 e 2015.
Foram mais de dez horas de discussões e negociações no plenário da
Câmara. O relator da matéria, deputado Vicentinho (PT-SP), rejeitou a maioria
das emendas apresentadas ao projeto. Com a conclusão da votação, o projeto segue
agora para apreciação e votação do Senado Federal.
Um dos pontos polêmicos da matéria era o Artigo 3º que estabelece que os
reajustes e aumentos fixados pela futura lei a vigorar entre 2012 e 2015 serão
estabelecidos pelo Poder Executivo por meio de decreto. Para atender os
questionamentos de muitos deputados, o relator alterou o texto original do
governo para deixar claro que o decreto que definirá o valor do mínimo não vai
infringir as regras para o reajuste do salário mínimo que forem aprovadas pelo
Congresso Nacional.
Outra mudança feita pelo relator Vicentinho, acatando emenda do PP, foi em
relação ao Artigo 5º, que estabelece que o Poder Executivo constituirá grupo
interministerial encarregado de definir e implementar a sistemática de
monitoramento e avaliação da política de valorização do salário mínimo. Neste
artigo, o relator incluiu um dispositivo para estabelecer que o grupo
interministerial terá também que fazer a análise sobre o valor da cesta básica e
sua relação com o salário mínimo.
Pelo projeto aprovado nesta quarta-feira pela Câmara, e que deverá ser votado
na próxima semana pelo Senado Federal, o reajuste do salário mínimo entrará em
vigor no primeiro dia do mês subsequente à data de sanção da nova lei pela
presidenta Dilma Rousseff.
Durante as votações dos destaques, os deputados rejeitaram, em votações
nominais, um do PSDB, que pretendiam elevar o mínimo para R$ 600, e outro do
DEM, que elevava o valor do mínimo para R$ 560. Os deputados rejeitaram também,
em votação nominal, o destaque do PPS que pretendia alterar a redação do Artigo
3º do projeto para que os reajustes e os aumentos do salário mínimo, a vigorar
entre 2012 e 2015, sejam estabelecidos pelo Poder Executivo por meio de projeto
de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional e não por decreto como prevê o
texto.
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