Deputado foi acompanhado por mais 22 tucanos; presidente foi salvo
ROGÉRIO MATIVE
Em 26/10/2017 às 07:50
Posição do tucano prudentino reforça o racha no partido tucano, que aumenta com o passar dos meses
(Foto: Reprodução)
Como ocorreu em agosto, o deputado federal Izaque Silva (PSDB) votou contra o relatório da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que livra o presidente Michel Temer (PMDB) de denúncia por praticar ações ilícitas em troca de propina, por meio da utilização de diversos órgãos públicos.
Contudo, os deputados rejeitaram o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) na noite dessa quarta-feira (25).
Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486 votantes e 25 ausentes.
“Na votação da primeira denúncia contra Temer, em agosto, votei da mesma forma como procedi na sessão de hoje [quarta-feira]. Nesta segunda [votação] não seria diferente. Mantive as minhas posições”, enfatiza o deputado federal Izaque Silva.
A posição do tucano prudentino reforça o racha no partido tucano, que aumenta com o passar dos meses. Desta vez, 23 deputados do PSDB votaram contra Temer e apenas 21 mantiveram apoio ao governo.
“Não tive dúvida em votar favorável novamente à continuidade das investigações”, frisa Izaque Silva.
Entenda o caso
Esta segunda denúncia da PGR acusa os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e o presidente da República por organização criminosa com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. Temer também é acusado de obstrução da Justiça. Tais acusações foram apresentadas em setembro.
Com isso, somente após Temer deixar o mandato no final de 2018 é que ele responderá pelas acusações em primeira instância. O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F. (Colaborou Cássio Oliveira/AI)
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