Da Redação
Em 04/04/2016 às 17:08
Exploração do Paranapanema contabilizou 987 quilômetros percorridos, 32 horas de voo e 18 municípios visitados
(Foto: Cedida/Leandro Saadi)
Após 15 dias explorando o Rio Paranapanema, por terra e pilotando um paramotor, o ambientalista Lu Marini encerrou sua expedição nesta segunda-feira (4). Ele fez um relato da jornada para cerca de 200 estudantes em Rosana, onde o Paranapanema encerra seu curso de 929 quilômetros lançando-se às águas do Rio Paraná.
Em síntese, Marini avaliou que o Paranapanema possui “menos problemas e mais natureza”, se comparado a outros grandes rios também explorados por ele, como o Tietê e o São Francisco.
A exploração do Paranapanema contabilizou 987 quilômetros percorridos, 32 horas de voo e 18 municípios visitados em 15 dias. Ao todo, foram 32 horas de voo em paramotor, registrando os mais de 900 km do Paranapanema
Dentre as impressões da viagem, o ambientalista destacou o rio limpo, cheio e margeado por muito verde. “O que mais me impressionou foram os longos caminhos que sobrevoei ao lado de florestas preservadas, e os cinturões de mata ciliar, mesmo em trechos com muitas fazendas de gado e plantações”, contou Marini para um público de 150 alunos da rede municipal de ensino e 50 integrantes do Projeto Guri.
Interessado não somente nas belezas naturais, mas também nas questões ambientais, o expedicionário se deparou com problemas como o descumprimento da legislação em Áreas de Preservação Permanente (APP). “Acho que o grande problema que afeta não só o Paranapanema, mas outros rios que sobrevoei, é a falta de consciência ambiental”, lamentou Marini.
Histórias
“Conhecer histórias de quem vive junto do rio, é sempre muito emocionante”, comentou Lu Marini sobre outro aspecto do projeto: colher relatos de pessoas que convivem com o Paranapanema e acompanham suas mudanças.
Por meio dessas entrevistas, Marini conheceu de poeta a atletas e pescadores. “O encontro com as crianças, nos meus pousos, foram também momentos de muita alegria. Uma recepção sempre calorosa, através de olhares curiosos”, relembrou o piloto.
Marini, que durante a jornada visitou vários projetos de preservação e recuperação ambiental, também se emocionou ao encontrar gente que trabalha a favor do rio, em ONGs e empresas. “Foi impressionante sobrevoar as áreas de matas às margens dos reservatórios de hidrelétricas e conhecer o trabalho do pessoal do Instituto de Pesquisas Ecológicas, de criação de corredores ecológicos para garantir vida longa ao ecossistema”, expôs Marini.
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