Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Por manutenção de PAs, Prefeitura altera entrega de UPA

Bugalho revela cortes em obras e serviços de infraestrutura na cidade

ROGÉRIO MATIVE

Em 03/05/2018 às 18:25

Bugalho descarta qualquer nova alteração na rede municipal de saúde. Mas, adianta que a estrutura pode ser revista ao longo dos meses

(Foto: Cedida/Maycon Morano/AI Câmara)

Não dá para ter tudo. É com esta afirmação que o prefeito de Presidente Prudente, Nelson Bugalho (PTB), anunciou a manutenção da estrutura atual dos Prontos Atendimentos. Porém, a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Guanabara, na Zona Norte, teve que ser adiado para o dia 30 de junho, um mês a mais do prometido anteriormente.

Segundo o chefe do Executivo, a medida teve que ser tomada devido a escolha de gerenciamento da UPA, que será realizado pelo Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop). "Nós fizemos novos estudos e a opção foi abrir a UPA da Zona Norte não com remanejamento de funcionários da Secretaria de Saúde, mas contratando o Ciop tal qual é feito na UPA do Ana Jacinta. Com isso, vamos manter o atual horário de atendimento dos PAs do Jardim Santana e Cohab através de um sacrifício muito grande por parte de todo mundo. Para isso teremos que cortar outros investimentos", falou durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (3).

Antes, Bugalho e membros do alto escalação realizaram duas reuniões ao longo do dia. A última contou com a presença dos vereadores Demerson Dias (PSB), Willian Leite (PPS), Geraldo da Padaria (PSD), Adão Batista (PSB), Elza do Gás (PTB), Wellington Bozo e Mauro Neves, ambos do PSDB.

"Prudente contará com duas UPAs de grande porte, dois PAs sem contar o atendimento com horário estendido no Humberto Salvador. Teremos quatro portas de urgência e emergência. Desta forma, estaremos anos luz em relação a outras cidades", comemorou.

Contudo, nem tudo foi felicidade. Para tal, houve remanejamento na data prevista para abertura da UPA do Guanabara. "Só que, só vamos conseguir inaugurar a UPA da Zona Norte [no dia 30 de junho] devido à contratação do Ciop. Então, tem alguns preparativos como chamamento de pessoas que prestaram concursos e outras providências", pontuou.

"Haveria um remanejamento de funcionários e médicos para a UPA da Zona Norte, assim conseguiríamos abrir no dia 26 de maio. O Ciop entende que até lá consegue convocar os funcionários aprovados em concurso público e dar o treinamento para essas pessoas. Hoje, a UPA já está toda equipada. Claro que isso [possíveis mudanças] causa certo desconforto com a população que é atendida na zona leste", admitiu.

Segundo o prefeito, o gasto anual com a UPA da Zona Norte será de R$ 6,6 milhões apenas com folha de pagamento. "A Prefeitura hoje tem dificuldades, como todas as outras deste país, em arcar com um investimento desta monta", disse.

Desta forma, recursos de outras áreas serão remanejados para a saúde. "A Prefeitura deixará de promover alguns investimentos, algumas obras com recursos próprios e vamos fazer o investimento na saúde desta forma. Não há recursos para tudo. Temos que tirar recursos de outras áreas para cobrir essa despesa. Isso nós temos que deixar bem claro", falou.

Bugalho descarta qualquer nova alteração na rede municipal de saúde. Mas, adianta que a estrutura pode ser revista ao longo dos meses. "Hoje, não se fala mais em alteração desta natureza. Se no decorrer nos próximos meses, na prática, se revelar que o PA está ocioso, pode ser revisto. Mas isso será demonstrado nos números deste período que a UPA [da Zona Norte] estará funcionando. O tempo é que vai dizer ou não essa necessidade", frisou.

Questionado sobre o aumento na arrecadação da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) - que teve reajuste no mês passado e foi utilizado como argumento para custeio da UPA -, Bugalho afirma que a Prefeitura não conta com a "ajuda extra" devido a estudos sobre o início da cobrança.

"A CIP vai suprir um déficit mensal em torno de R$ 270 mil por mês. Mas mesmo assim, estamos fazendo um estudo com o departamento jurídico se essa cobrança poderá se dar em 90 dias ou apenas no próximo ano. Nós nem estamos contando com essa questão. Mesmo se ocorrer, isso representa uma pequena parcela do custo de uma UPA", garantiu.

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