Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Ao som de jazz, primeiro suspense de Hitchcock é exibido em PP

Da Redação

Em 28/08/2017 às 07:30

Considerado pelo diretor como sua estreia no gênero, filme encerra mostra em Prudente

(Foto: Divulgação)

Após quatro semanas da mostra "Deu Jazz!", que exibiu, ao longo do mês de agosto, filmes com histórias embaladas pelo swing do jazz, o Sesc Thermas de Presidente Prudente encerra o especial na próxima terça-feira (29), com o filme "O Inquilino", de 1927, considerado pelo diretor Alfred Hitchcock (1899-1980) como seu primeiro verdadeiro filme de suspense. A sessão gratuita ocorre às 19h30.

O filme faz parte do projeto "Sussurros de Cinema", que promove a projeção de filmes mudos acompanhados por um grupo de músicos que executam a trilha sonora ao vivo. Neste caso, o ritmo escolhido é o jazz, que embala o clima urbano da história.

Composta por Lucas Oliveira, que também assume a guitarra, a trilha sonora é regida por Gabriel Mendeleh e executada pelos músicos Alê Brant (baixo), , Daniel Del Carpio (bateria) e Alexandre Peres (guitarra).

Na trama, “O Vingador” é um serial killer que está fazendo fama em Londres ao matar jovens mulheres loiras. Enquanto isso, um novo hóspede, Jonathan Drew (Ivor Novello) chega à pensão do casal Bounting (Arthur Chesney e Marie Ault) em busca de um quarto para alugar, e logo chama a atenção pelos seus hábitos estranhos, como o de sair em noites nevoentas e guardar a foto de uma moça loira em seu quarto.

Com história semelhante à do famoso serial killer Jack, o estripador, o longa foi uma inovação para o cinema da época pelas várias cenas ambíguas, como a que o protagonista caminha sobre um chão de vidro, o que dá a entender que os donos da casa estão ouvindo seus passos, assim dispensando o recurso de legendas, já que Hitchcock considerava cinema mudo o verdadeiro cinema.

O Inquilino (The Lodger: A Story of The London Fog) ainda conta com uma excelente atuação de Ivor Novello, que apenas com suas expressões faciais consegue passar uma gama de emoções.

Em sintonia com a direção ambígua de Hitch, ele ora ganha ares ameaçadores, ora se comporta como um jovem sensível e indefeso, o que demonstra o seu talento. Grande ator de teatro, Novello faria poucos filmes. Ele voltaria a ser dirigido por Alfred em “Downhill”, que não alcançou o mesmo sucesso de O Inquilino.

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