Da Redação
Em 20/03/2018 às 08:59
“Com Amor, Van Gogh” tem sessão nesta terça-feira (17), às 19h30, no bosque da unidade
(Foto: Divulgação)
Depois de ler mais de 800 cartas escritas por Vincent van Gogh (1853-1890), a polonesa Dorota Kobiela levou ao pé da letra o último texto do pintor, que diz: “Não podemos falar senão por meio das nossas pinturas”. Kobiela e Hugh Welchman criaram a primeira animação feita totalmente com tintas a óleo. Foram necessários 125 profissionais para pintar manualmente 65 mil quadros.
O resultado é o filme Com Amor, Van Gogh, que será exibido no Sesc Thermas de Presidente Prudente nesta terça-feira (20), a partir das 19h30, em mais uma sessão da Mostra de Arte, especial de março do Cine Bosque. A entrada é gratuita.
A animação de 95 minutos conta a vida e a controversa morte de Van Gogh por meio de entrevistas com personagens próximos ao artista e que foram retratados em suas obras.
Um ano após o suicídio do artista, Armand Roulin (Douglas Booth) encontrou uma carta enviada pelo artista ao irmão Theo e que jamais chegou ao seu destino. Armand parte na tentativa de entregar a correspondência e, no caminho, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.
Segundo a diretora Dorota Kobiela, a maior dificuldade foi manter os mais de cem pintores no mesmo caminho para que seguissem um estilo único, e não o deles. “Tive de corrigir mais de 500 quadros por dia”, disse, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Morte de Van Gogh
Mais de 127 anos depois, a morte do pintor continua a ser um mistério para especialistas e amantes da arte. Reza a lenda que o autor dos girassóis teria dado o último suspiro em 1890, depois de 29 horas agonizantes por conta de um tiro que ele teria dado em si mesmo em um campo de trigo, perto de Paris.
No entanto, há controvérsias. Testemunhas do leito de morte de Van Gogh contam que ele teria revelado que o disparo foi feito como uma tentativa de suicídio. Porém, em entrevista à revista Vanity Fair, o doutor Vincent Di Maio, especialista em lesões por arma de fogo, disse que acredita que a marca da ferida revelara que o tiro não poderia ser auto-infligido.
Di Maio fez as declarações em resposta a um pedido de ajuda feito por Steven Naifeh e Gregory White Smith, co-autores de uma polêmica biografia de Van Gogh ganhadora do prêmio Pulitzer. Lançado em 2011, o livro “Van Gogh: A Vida” sustenta que o pintor teria sido assassinado por dois meninos acidentalmente. Antes de morrer, o artista teria omitido o fato para protegê-los, jogando a culpa para si. Tal teoria teria surgido ainda nos anos 1930, na França.
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