Espetáculo de dança apresenta estilo africano Gumboot no Matarazzo

Nesta semana, o Sesc Thermas de Presidente Prudente apresenta o espetáculo de dança "Yebo", com a Cia Gumboot Dance Brasil, de São Paulo (SP), no Centro Cultural Matarazzo.

A apresentação ocorre em duas oportunidades, começando na quinta-feira (25), às 13h30, na qual o público-alvo são alunos da rede municipal de ensino, e na sexta-feira (26), às 20h, para o público em geral. Para esta última apresentação, é necessário retirar ingressos gratuitos, no dia do espetáculo, a partir das 8h, na bilheteria do Sesc.

Além do espetáculo, no sábado (27), às 10h, a oficina "Gumboot Dance" possibilita aos participantes conhecerem um pouco da história desta dança percussiva e experimentar os movimentos que formam a base do Gumboot. As inscrições são limitadas.

A Gumboot Dance (dança de botas de borracha) é uma forma de dança popular que foi criada pelos trabalhadores nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Formado por 14 bailarinos e dois músicos, o grupo paulistano traz, além da dança percussiva, elementos contidos na prática de explorar minas e na vida dos mineiros.

Mais sobre a Gumboot Dance

O Gumboot surgiu em meados do século XIX na África do Sul. Naquele período, ocorreram as descobertas das minas de ouro e diamante em diversas regiões do país sob a batuta dos colonizadores holandeses e britânicos.

Apesar de algumas leis terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas nativas, muitos dos povos negros segregados em tribos eram enviados às minas como mão de obra local.

Por conta dessa profusão de identidades e das diversas línguas faladas por eles - a África do Sul tem cerca de 11 línguas oficiais -, os trabalhadores encontraram um formato de se comunicar sem precisar recorrer ao idioma falado. Descobriram que o batuque das botas, além do canto e dos gritos, era a solução para que pudessem se comunicar.

Yebo é o segundo espetáculo do grupo Gumboot Dance Brasil. Ele aborda a exploração, tanto das minas como dos sete povos levados para extração do minério, a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha e a espera das mulheres por seus maridos mineiros durante a temporada de exploração das minas.

A apresentação é resultado da pesquisa do bailarino e coreógrafo Rubens Oliveira e explora olhares, sentidos e experiências novas inspiradas em danças africanas.