Da Redação
Em 09/07/2020 às 14:40
Projeto itinerante “Se tem pra doar, é só pendurar” incentiva leitura em meio à pandemia
(Foto: Cedida)
Durante o isolamento social, a professora da Escola Estadual Helen Keller, em Adamantina, Ana Luiza Cordeiro, criou o hábito de ler na calçada para finalizar o dia. Após uma conversa com seus filhos, decidiu colocar seus livros em uma árvore em frente à casa onde mora para que os vizinhos pudessem retirá-los.
Com ajuda de seus filhos Lorenzo e Sofia, ela recolheu livros que estavam guardados, e decidiu divulgar a ação com cartazes espalhados pelas ruas, postes e pequenos estabelecimentos da região.
Alguns vizinhos começaram a participar doando exemplares e retirando outros para seus filhos e netos. Não havia necessidade de devolução, mas a ideia é que eles fossem repassados para outras pessoas, familiares ou amigos.
Ana fez divulgação nas redes sociais e recebeu livros de professoras e vizinhos. Ao perceber a proporção que a boa prática tinha tomado, resolveu expandir o projeto para a praça Parque dos Pioneiros, pendurou os livros numa amoreira e batizou o projeto de “Se tem pra doar, é só pendurar.”
Os livros são recebidos e imediatamente higienizados com álcool em gel e separados por categoria, tipo, idade e gênero literário.
Planos de expandir o projeto
O objetivo da iniciativa é retomar o hábito da leitura, a socialização nas famílias, proporcionar momentos prazerosos, desenvolver o diálogo familiar através da retirada do livro, ampliar o vocabulário, tanto adultos como crianças, estimular a doação de livros e estimular o olhar de empatia a todos.
Ana percebeu que muitas crianças leitoras precisavam de um incentivo maior. “O que mais me alegra é que eu comecei com essa ideia e os pais e responsáveis pelos alunos estão dando continuidade”, diz a professora.
Mas a docente não para por aí, o objetivo agora é levar essa iniciativa para os bairros em que seus alunos estudam e moram para atingir cada vez mais pessoas.
Já foram doados mais de 50 livros. Para dar continuidade ao projeto, a professora pede em redes sociais a colaboração de todos.
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