Parlamentares pedem danos morais e retratação por "inverdades" divulgadas
Thiago Ferri
Em 12/05/2011 às 13:45
(Foto: Reprodução/Sintrapp)
Os 13 vereadores de Presidente Prudente promoveram uma ação conjunta
contra o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sintrapp) em
função de uma manifestação que a entidade promoveu contra o reajuste de 10,84%
aprovado nos salários dos parlamentares.
Os vereadores afirmam que as informações divulgadas pelo
sindicato por meio de seu site, panfletos e notas publicadas em jornal são “inverídicas”.
Por isso, pedem indenização por danos morais, mas deixaram a cargo do juízo arbitrar
o valor. Eles também pleiteiam uma liminar para que seja retirado de imediato o
manifesto do site, uma nova panfletagem com 5 mil cartazes contendo as “informações
corretas”, bem como a veiculação desta por cinco dias consecutivos nos dois
jornais da cidade.
O processo foi distribuído na última segunda-feira (9), às
10h47, na 3ª Vara Cível de Presidente Prudente, onde o juiz titular é Paulo
Gimenes Alonso.
As alegações dos 13 vereadores são feitas pelos advogados Diego
Ignácio Rossi Fernandes e José Ubirajara Oliveira Fontes, que são
respectivamente o procurador Jurídico da Câmara e o assessor para Assuntos Jurídicos
da presidência da Casa.
Todo o processo se dá em cima das manifestações de repúdio
promovidas pelo Sintrapp logo após os vereadores aprovarem um reajuste de 10,84% em seus salários, há um mês, elevando-os de R$ 4.334,30 para R$ 4.804,13.
Os parlamentares justificaram que ocorreu apenas uma
recomposição da inflação dos dois últimos anos, prevista legalmente, mas o
sindicato classificou a atitude de “vergonhosa”, divulgando imediatamente uma
carta de repúdio em seu site (“Sindicato dos Servidores repudia o aumento que
os vereadores deram aos seus próprios salários”) e distribuindo panfletos no
Centro da cidade. O Sintrapp ainda ameaçou representar contra a Câmara junto ao Ministério Público.
Conforme consta na peça de acusação da ação, os vereadores
alegam que “fica clara a conduta do réu [sindicato] na tentativa de confundir a
população com informações inverídicas - violando do direito constitucional da
população de acesso a informação correta -, misturando uma revisão legitima e
justa, prevista Constitucionalmente, com o aumento insinuado”.
Os advogados citam ainda que tal atitude pode prejudicar o
futuro políticos dos vereadores. “A moral dos autores está intimamente ligada
ao futuro sucesso em pleitos eleitorais, onde a população levará em conta a
conduta dos vereadores, durante o mandato eletivo. Logo, a informação
inverídica, prejudica a imagem dos membros atuais do Poder Legislativo,
causando-lhes enorme prejuízo”, consta.
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