Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Sem acordo, greve de ônibus continuará em Prudente

ROGÉRIO MATIVE

Em 27/06/2013 às 18:12

As duas rodadas de negociações entre representantes da Pruden Express e TCPP - empresas responsáveis pelo transporte coletivo em Presidente Prudente - e sindicalistas, nesta quinta-feira (27), não foram suficientes para encerrar a greve da categoria, que atingiu 100% de adesão. Com isso, a população ficará mais um dia sem ônibus.

Em duas reuniões, foi discutido o principal ponto de entrave: a redução imediata da jornada de trabalho de 220 horas/mês para 180 horas/mês. As empresas alegam que poderão atender ao pedido apenas a partir de janeiro de 2014.

"Hoje não temos nada de novo. As negociações foram encerradas. Amanhã [sexta-feira] a população estará sem transporte", revela o presidente do sindicato, Waldir Nole Schiavão, em entrevista ao Portal.

Considerado serviço essencial, o transporte coletivo não pode ser paralisado em sua totalidade, como ocorre em Prudente. De acordo com a legislação, 30% da frota deveriam estar operando durante a greve.

Sobre o assunto, Schiavão diz que a medida será cumprida apenas com ação judicial. "Só se tiver decisão judicial. Se tiver uma liminar, vamos cumprir. Eu acho que elas [empresas] vão entrar [com pedido de liminar]", pontua o sindicalista. Pruden Express e TCPP já acionaram a Justiça para garantir o serviço mínimo aos usuários do transporte coletivo prudentino.

Pressão do Executivo

Prestes a vencer o contrato de concessão - 13 de julho -, a Prefeitura de Prudente já adiantou que realizará licitação no setor para "reestruturar o transporte coletivo".

Conforme apuração do Portal, o prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã) entrou em contato com as empresas pedindo uma solução para esta quinta-feira.

Desde setembro de 1993, TCPP e Pruden Express prestam serviço no município, após herdarem as linhas da Transporte Coletivo Brasília (TCB), que operou na cidade por 30 anos. Na época, a TCB sofreu intervenção municipal sob alegação de irregularidades. O prefeito era Agripino de Oliveira Lima Filho, que travou longa batalha judicial com a empresa, derrotada nos tribunais. Sua falência foi decretada pela Justiça devido a uma ação movida por uma distribuidora de combustíveis.

As atuais empresas mantêm 147 ônibus para atender 47 linhas existentes no município. Por mês, segundo dados da Secretaria de Assuntos Viários (Semav), são transportados 1,5 milhão de passageiros.

Atualizada às 20h45

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