Da Redação
Em 10/12/2018 às 13:01
Uma das mensagens foi apreendida com a mulher do preso que divide cela com Marcola
(Foto: Reprodução/Estadão)
Duas mulheres foram presas no fim de semana após serem flagradas deixando a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau com cartas contendo ordens dos chefões do PCC para o assassinato de duas pessoas, entre elas o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. As informações são da Folhapress.
De acordo com as mensagens, essas mortes devem ocorrer caso a transferência dos chefes da facção para presídios federais se concretizem nos próximos dias -entre eles o chefe do grupo, Marco Camacho, o Marcola, de acordo com matéria do jornalista Rogério Pagnan.
O alvo principal do ataque seria o promotor Lincoln Gakiya, responsável por esse pedido, e que investiga há anos o crime organizado. O outro alvo seria um dos coordenadores da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) na região de Presidente Venceslau, onde estão reunidos esses criminosos.
Uma das mensagens foi apreendida com a mulher do preso que divide cela com Marcola, o que leva as autoridades a acreditarem que partiu do próprio chefão do PCC essa ordem de ataque.
Segundo informações de pessoas ligadas ao promotor, Gakiya recebeu reforço de escolta desde a noite de sábado (8). A reportagem apurou que serviços de inteligência do governo paulista já tinham detectado ordem semelhante em conversas de presos do PCC.
O promotor pediu a transferência dos chefes da facção após um plano de resgate ser detectado pelo setor de inteligência da SAP de São Paulo. O pedido seria feito em conjunto com os secretários da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Com o recuo da gestão Márcio França (PSB) nesse acordo, Lincoln acabou fazendo a solicitação sozinho e aguarda decisão da Justiça.
Pelo plano descoberto, a ideia dos criminosos era usar um exército de mercenários para arrebatar os presos dessa unidade, incluindo Marcola. Em razão dele, a Polícia Militar enviou para Venceslau um grande aparato policial, incluindo tropas de elite, como Rota e GOE (operações especiais).
Os detalhes desse possível resgate tornaram-se públicos pelo deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL) que desde a semana passada também passou a andar sob escolta armada após de serviços de inteligência do governo também detectarem risco de ataque contra ele.
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