Da Redação
Em 14/02/2023 às 16:00
Em média, cada imóvel descarta 790 gramas de lixo e areia mensalmente nas redes coletoras de esgoto
(Foto: Cedida/AI)
Levantamento feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aponta que, ao longo do ano de 2022, foram retiradas 703 toneladas de lixo e areia do sistema de esgoto de Presidente Prudente. Para se ter ideia, cada imóvel da região descartou, em média, 790 gramas de resíduos por mês no sistema de esgoto.
O problema é observado em todas as cidades atendidas pela estatal, com alguns casos que chamam atenção pelo volume de lixo e número de habitantes.
É a situação de Presidente Bernardes, que tem 13.023 habitantes. Porém, somou 180 toneladas de lixo no esgoto. O número é o dobro do encontrado em Presidente Epitácio, com 44.389 moradores.
Dor de cabeça
O lixo, que chega ao sistema por meio do lançamento irregular em pias, ralos e vasos sanitários, além de causar obstrução e rompimento das redes coletoras, provoca transtornos aos próprios clientes, como o retorno do esgoto para dentro dos imóveis.
Ao longo de 2022, a Sabesp realizou 6.189 desobstruções de redes e ramais de esgoto nas 62 cidades consideradas no levantamento. Outro grande prejuízo ambiental causado pela prática é que, após o contato com o esgoto, materiais como papéis, plásticos e vidros já não podem mais ser reciclados.
De roupas a óleo de cozinha
Entre os detritos encontrados nas redes coletoras e nas estações elevatórias e de tratamento de esgoto estão peças de roupas, fraldas descartáveis, escovas, pastas de dentes e embalagens plásticas em geral.
Todos estes materiais deveriam ser destinados às lixeiras e não a pias, ralos e vasos sanitários. Já o óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafas plásticas e entregue em pontos de coleta para reciclagem.
A areia – outro material encontrado em grande quantidade entre os resíduos – muitas vezes é carreada pela água da chuva para os sistemas da companhia. Isso se dá em decorrência das ligações irregulares de águas pluviais na rede coletora de esgoto.
Por isso, é importante que as residências tenham saídas separadas: uma para a água da chuva, que segue para as galerias de águas pluviais, e outra para o esgoto, que necessita de tratamento antes de retornar ao meio ambiente, alerta a estatal.
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