Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Estudo busca criar genótipo de batata-doce resistente à seca no Oeste Paulista

Da Redação

Em 10/02/2023 às 15:33

Estudo começa a ser colocado em prática, a partir de 30 genótipos diferentes, importados in-vitro

(Foto: Arquivo)

Projeto para ser desenvolvido durante cinco anos deve produzir novo genótipo de batata-doce que seja tolerante ao estresse hídrico no Oeste Paulista. O estudo começa a ser colocado em prática, a partir de 30 genótipos diferentes, importados in-vitro do Centro Internacional de la Papa (CIP), instituição peruana que mantém banco de germoplasmas com a maior diversidade genética possível, em nível mundial. 

Com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o projeto contempla o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia nos quesitos de relações interinstitucionais e da internacionalização da Unoeste.

Com o título “Desenvolvimento de genótipos da batata-doce tolerantes ao déficit hídrico” e submetido à avaliação da agência de fomento à pesquisa em março do ano passado, o projeto foi aprovado em 21 de dezembro com o aporte de cerca de R$ 800 mil, incluindo bolsas de estudos e aquisição de materiais de consumo e permanente. 

O recurso, ainda em fase da apreciação para ajuste que chegue a R$ 1 milhão, procede do Auxílio à Pesquisa Projeto Inicial π (Pi), ofertado pela Fapesp para apoiar projetos de pesquisa baseados em ideias audaciosas que favoreçam o estabelecimento de uma carreira de pesquisa e ensino de sucesso; a partir do critério de que o pesquisador esteja contratado há menos de 8 anos.

O professor Dr. Edgard Henrique Costa Silva explica que o estudo é atual e necessário, considerando a questões climáticas de veranicos, que são estiagens em períodos de chuvas, causadoras de estresse nas plantas. 

“Aliando a isso o solo arenoso e temperaturas muito altas; que aumentam ainda mais o estresse”, pontua e conta que o projeto é de longo prazo, maior que os cinco anos de financiamento e que neste momento representa o começo de uma linha de pesquisa. 

Inicialmente, o projeto de melhoramento genético é desenvolvido na Unoeste. Depois, haverá a participação de produtores rurais parceiros, os quais darão opinião se o material produzido interessa ou não à produção comercial para o mercado nacional e internacional.

Tecnologia 

Os 60 tubos que contêm os 30 genótipos importados do Peru estão no Laboratório de Culturas e Tecidos, ainda in-vitro; para depois cultivar as mudas em Casa de Vegetação.  

A importação seguiu os rigores da legislação para obter a autorização do Ministério da Agricultura, incluindo o período obrigatório de quarentena no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), para garantir que não está entrando nenhuma praga nova no Brasil. 

Conforme o pesquisador responsável pelo laboratório, Dr. Nelson Barbosa Machado Neto, já são 120 mudas em câmara de vegetação, ou seja: duas por tubo." Ainda há material para produzir mais mudas", pontua.

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