Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

'Tem gente passando fome', diz sindicato sobre atrasos da Prudente Urbano

ROGÉRIO MATIVE

Em 29/10/2020 às 09:09

Greve conta com adesão total de funcionários; movimento ocorre de forma pacífica

(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)

Salário reduzido, sem horas-extras e, ainda, com vale-alimentação pago pela metade e em atraso. A situação caótica enfrentada pelos funcionários da concessionária Prudente Urbano culminou na deflagração da greve do transporte coletivo nesta quinta-feira (29). "Tem gente passando fome", relata o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários (Sintrattepp).

Desde as primeiras horas desta quinta, os ônibus não circulam na cidade deixando a população a pé pela segunda vez neste ano.

Atrasados

O vale-alimentação referente ao mês passado, no valor de R$ 500, foi pago pela metade. Já neste mês, os funcionários aguardam pelo benefício desde o dia 21. Em relação aos salários, o atraso chega a ultrapassar cinco dias.

Cabe lembrar que parte dos empregados é bancada pelo governo federal por meio da Medida Provisória 936, durante a pandemia.

Sem diálogo

O prazo dado à empresa foi de 72 horas para o pagamento da dívida. Contudo, de acordo com o sindicato, não houve movimentação da concessionária até o momento.

"Até agora, a empresa não procurou para negociar nada. A Prefeitura prometeu ajudar, mas também não fez nada até o momento", disse o presidente do sindicato, Vagner Schiavon, em entrevista ao repórter Cláudio Moreno, da Rádio Comercial AM.

Cabe lembrar que parte dos empregados é bancada pelo governo federal por meio da Medida Provisória 936, durante a pandemia.

Prato vazio

De acordo com o sindicalista, a principal reivindicação da categoria é o pagamento integral do vale-alimentação. "O que mais brigamos é pelo pagamento do vale-alimentação. Pois, tem gente passando fome", denunciou.

Alega não ter dinheiro

Sem abrir diálogo com os funcionários, a Prudente Urbano diz que não dispõe de recursos para honrar seus compromissos com os trabalhadores de forma unilateral, como fez até o momento. Ou seja, pede ajuda da Prefeitura para quitar as dívidas.

Do outro lado, a Prefeitura prometeu colaborar com a empresa tomando "medidas legais", contudo, sem ajuda financeira. O contrato de concessão não estipula o repasse de subsídios dos cofres públicos à concessionária.

Apoio de 20 sindicatos

A greve deflagrada pelos funcionários da Prudente Urbano conta com o apoio de outros 20 sindicatos. "Estamos dando apoio aos trabalhadores e ao sindicato. O Conselho Intersindical sempre está presente, e aqui não seria diferente", diz o presidente do Conselho Intersindical e do Sindetanol, Milton Sobral.

"Estamos juntos com os trabalhadores aguardando alguma manifestação por parte da empresa. Uma manifestação pacífica, mas que luta pelos seus direitos. O trabalhador necessita do seu benefício em dia para ter o que comer e cuidar de sua família", fala Sobral. 

Outra vez

Em abril, a categoria chegou a paralisar os serviços pelos mesmos problemas. Mas, uma manobra da empresa conseguiu "furar" o movimento grevista. 

Desta vez, o sindicato afirma que há relatos de assédio moral.

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