ROGÉRIO MATIVE
Em 04/11/2020 às 06:42
Pela segunda vez em menos de uma semana, transporte coletivo é paralisado em Prudente
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Em menos de uma semana, o transporte coletivo está totalmente parado em Presidente Prudente. Nesta quarta-feira (4), funcionários da concessionária Prudente Urbano decidiram ignorar liminar judicial e cruzaram os braços em definitivo até que ocorra o pagamento do vale-alimentação referente ao mês passado, no valor de R$ 500. O Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários (Sintrattepp) não participa do movimento para evitar punição.
De acordo com o diretor do Sintrattepp, Ozanir Gomes, a entidade esteve presente pela madrugada para que fosse cumprida a liminar proferida pela desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Tereza Aparecida Asta Gemignani, determinando que os ônibus circulem com 50% da capacidade da frota em horários normais, sendo ampliada para 70% em horários de pico.
Contudo, segundo ele, os funcionários decidiram não acatar a decisão. "Fizemos uma assembleia com os trabalhadores para informar sobre a decisão do sindicato e eles disseram que não vão entrar com ou sem sindicato. Foi unânime", diz.
Desta forma, o Sintrattepp deixou o movimento grevista para não sofrer punição judicial. "Como respondemos juridicamente e juiz não vê CPF, mas CNPJ, tivemos que sair fora diante dessa liminar que determina uma multa alta. A decisão dos trabalhadores é de não voltar enquanto não pagar o vale-alimentação e, assim, tivemos que nos recolher", explica.
A multa estipulada em R$ 5 mil por trabalhador parado atinge apenas o sindicato.
Colapso no transporte
Na semana passada, a categoria entrou em greve pela segunda vez no ano. Os funcionários reclamavam de salário e benefícios atrasados, além de assédio moral.
Nessa terça-feira (3), uma audiência envolvendo sindicato, Prefeitura e Prudente Urbano terminou sem acordo.
A pé e sem resposta
Mais uma vez, a população deverá migrar para transportes alternativos. A Prefeitura e Prudente Urbano ainda não se pronunciaram sobre a paralisação.
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