Da Redação
Em 17/04/2021 às 09:00
Uepp reclama do modelo adotado pelo Estado, que não apresenta obras de ampliação do aeroporto
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Nesta semana, o governador João Doria (PSDB) publicou decreto autorizando a abertura de licitação para a concessão dos serviços de operação, manutenção, exploração e ampliação da
infraestrutura aeroportuária dos 22 aeroportos. Entre eles, está o Aeroporto Adhemar de Barros de Presidente Prudente.
Contudo, a União das Entidades de Presidente Prudente e Região (Uepp) reclama do modelo adotado pelo Estado, que não apresenta obras de ampliação do espaço. Desta forma, alerta sobre a doação de uma grande área realizada pela Prefeitura para que fosse possível a construção de um novo saguão.
"Muito embora a Uepp seja favorável à concessão do aeródromo local, a entidade é contra o modelo de contrapartidas adotado, porque não contempla a construção de um novo terminal, somente uma mera ampliação", protesta o presidente da entidade, Renato Mungo.
Ele lembra que o aeroporto ganhou uma reforma em 2009, com ampliação da pista e operacionalização de novos voos. "Porém, com o passar dos anos, o número de voos aumentou, sendo considerado o terceiro do interior paulista com maior movimentação", diz.
"Dessa forma, há anos a sociedade civil, entidades e governo municipal reivindicam novas adequações na pista, construção de novo terminal de passageiros e modernização dos equipamentos e navegação aérea", ressalta.
Mungo acrescenta que a Prefeitura de Prudente doou uma área de 249 mil metros quadrados ao Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), em 2019. O projeto possibilita, além de um novo terminal, também a implantação da sede própria da Receita Federal, fazendo com que o município seja um polo de distribuição (posto alfandegário) e internacionalização.
"Portanto, a concessão permitiria um novo saguão, integrando com o projeto da Receita Federal. Com essa modernização, seria beneficiado com um HUB, constituindo conexão de voos para as companhias aéreas; e transportes de carga multimodal", frisa.
Em fevereiro, a subsecretária estadual de Parcerias, Tarcila Reis Jordão, havia se comprometido, junto ao seu corpo técnico, rever os parâmetros apresentados ao setor privado. "E, embora, isso
não tenha se consolidado, a Uepp continuará pressionando e acompanhando o processo", avisa.
"Recebemos a resposta negativa dois dias antes do anúncio do decreto, mas estamos mobilizando a sociedade civil e autoridades para este grave erro. Não podemos deixar uma árdua luta de anos ser relegada desta forma", pontua Mungo.
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